Ao fim da tarde, a Cietezinha chegou ao jardim da sua casa na Vila Medieval de Ourém e começou a rever a matéria do dia. Tirou os livros de Ciências e Matemática e colocou-os sobre uma mesa sem notar que um papel tinha caído do interior de um deles.
Apareceu a Ceuzinha.
- Olha! Caiu um papel.
A Céu pegou no papel e desatou a ler.
- Oh! Ah! Ah! Ah! Ah! Minha irmã vai ter um encontro…
- O quê? Não estou a perceber nada.
A Ceuzinha estendeu-lhe o papel e ela ficou toda ruborizada.
- Meu Deus! Aquele gato esfolado está maluco de todo…
- Minha irmã vai ter um encontro - dizia a Ceuzinha aos saltos - Vou já telefonar à Teresinha.
E foi para o interior da casa de onde ligou para a pensão Simões.
- Teresinha, tenho uma coisa louca para te contar. Blá… blá… blá…
Esteve ao telefone mais de um quarto de hora.
Cá fora, a Cietezinha parecia embevecida.
«Mas o que é que ele quererá de mim? Que hei de fazer? Florbela, por favor, ajuda-me».
E, como que por encanto, apareceu-lhe nas mãos «A mensageira das violetas» que abriu ao acaso e começou a ler.
Apareceu a Ceuzinha.
- Olha! Caiu um papel.
A Céu pegou no papel e desatou a ler.
- Oh! Ah! Ah! Ah! Ah! Minha irmã vai ter um encontro…
- O quê? Não estou a perceber nada.
A Ceuzinha estendeu-lhe o papel e ela ficou toda ruborizada.
- Meu Deus! Aquele gato esfolado está maluco de todo…
- Minha irmã vai ter um encontro - dizia a Ceuzinha aos saltos - Vou já telefonar à Teresinha.
E foi para o interior da casa de onde ligou para a pensão Simões.
- Teresinha, tenho uma coisa louca para te contar. Blá… blá… blá…
Esteve ao telefone mais de um quarto de hora.
Cá fora, a Cietezinha parecia embevecida.
«Mas o que é que ele quererá de mim? Que hei de fazer? Florbela, por favor, ajuda-me».
E, como que por encanto, apareceu-lhe nas mãos «A mensageira das violetas» que abriu ao acaso e começou a ler.
Não sei quem és. Já não te vejo bem...
E ouço-me dizer (ai, tanta vez!...)
Sonho que um outro sonho me desfez?
Fantasma de que amor? Sombra de quem?
Névoa? Quimera? Fumo? Donde vem?...
- Não sei se tu, amor, assim me vês!...
Nossos olhos não são nossos, talvez...
Assim, tu não és tu! Não és ninguém!...
- Não sei se tu, amor, assim me vês!...
Nossos olhos não são nossos, talvez...
Assim, tu não és tu! Não és ninguém!...
És tudo e não és nada... És a desgraça...
És quem nem sequer vejo; és um que passa...
És sorriso de Deus que não mereço...
És quem nem sequer vejo; és um que passa...
És sorriso de Deus que não mereço...
És aquele que vive e que morreu...
És aquele que é quase um outro eu...
És aquele que nem sequer conheço...
És aquele que é quase um outro eu...
És aquele que nem sequer conheço...
«É verdade. Nem o conheço, não posso duvidar das suas intenções».
E, depois de refletir um bocado, pôs-se a escrever uma nota em resposta à missiva do Estorietas. Dobrou o papel e guardou-o cuidadosamente na pasta.
Pouco depois, surgiu a Ceuzinha.
- Então, minha irmã, já sabes o que vais fazer?
- Não vou fazer nada. Nem lhe respondo.
- Fazes mal, parece um rapaz bem intencionado.
E tudo ficou assim. Quando foram para casa, a Ceuzinha pensava que a irmã não lhe tinha dito a verdade toda, por isso, iria dar-lhe mais atenção sem ela dar por isso…
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