quinta-feira, julho 22, 2004

A Europa a meus pés
Olhem para eles...
Todos, aqui, à minha frente bem submissos!
Sou o maior. Sou o chefe da União Europeia.
Vejo a Ilda, lá ao fundo. Parece mais loirinha. Mas que diz ela? Está a atacar-me... Como se atreve? Ainda ilegalizo o PC à escala europeia... Que falta me faz aqui o meu Pacheco para lhe responder à letra! Mas agora deu-lhe para partir a loiça e andar com saudades da UDP...
E quem é aquele ao lado dela? Todo bem vestido e barba aparada... A quanto a Europa obriga! Será que também vai atacar-me? Mas eu prometo uma região demarcada para o palhete. Eu prometo uma capital do móvel à escala europeia. O gajo não vai na conversa...
E o Miguel? Também não quer nada comigo. Como é possível a mesma mãe dar ao mundo filhos tão diferentes?
É melhor olhar para outro lado. Olha ali o Costa. Vou mandar-lhe um sorriso. Amigo Costa, a dizer que sempre me reconheceu qualidades apesar das divergências políticas. É grande a alma destes PS. Não servia para PM do rectângulo, mas posso ser um excelente PCE. É mesmo o interesse nacional a falar...
Mas quem é aquele com pronúncia à Berlusconi. O quê? A selecção portuguesa tinha os melhores jogadores e perdeu e eu sou um mau jogador e ganhei...? Mas quem é este gajo? Ainda lhe mando com um segurança helvético.
Não, há que manter uma pose de estado. Vou prometer. Sou bom nisso, muito melhor que aquele pândego que lá deixei a tomar conta da quinta. Ele faz túneis, eu vou prometer pontes. Uma ponte para os países pobres. Uma ponte para o meu amigo George... No final vocês não reconhecerão isto.
E agora, deixem-me gozar o meu triunfo.

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