Um liberal falhado
Os meus amigos oureenses já se terão apercebido que não simpatizo muito com essa associação denominada de novos empresários que, de quando em quando, surge muito impertigada em encontros e nos traz a carrapatosa figura.
Dá-me a impressão que eles engoliram o receituário liberal e é só despejar independentemente das condições concretas do país e do que as suas mentes podiam elaborar.
Mais uma vez o dito senhor veio a terreiro desta vez por causa da crise orçamental. A receita é a mesma que já conhecemos: despedir o funcionalismo público e aumentar a idade da reforma.
Reparem na contradição. O homem diz-se liberal, mas o que pretende é uma imposição para determinada camada social. Isto é, ele quer ter a liberdade de impor a sua solução.
Tomemos, por exemplo, o caso das reformas. Será que o dito carrapatoso não percebe que o sistema assenta em algo já acordado e que para alguns potenciais reformados pode ter décadas e se materializa nos seus descontos realizados? E que se foi acordado, não deve ser imposto, deve ser negociado...?
É óbvio que se o país está em dificuldades todos têm que colaborar na sua solução. Todos. Não se pode atirar a resolução dos problemas para uma camada. E qual seria aqui a solução? Quanto a mim muito simples: trabalhar com o conceito de reforma parcial e torná-lo dependente do número de anos de descontos e da esperança de vida.
Admitamos que se estipula que uma pessoa tem direito à reforma por inteiro após quarenta anos de descontos e aos 65 anos. Isto não tem que ser visto de uma forma imperativa. Qualquer pessoa deverá poder reformar-se quando assim o entender, tem de ter essa liberdade. Carago! Estou farto disto, dos testes, dos trabalhos, dos cachopos cada vez mais mal educados, aos sessenta quero ir para Ourém seja lá com o dinheiro que for. A reforma pode ser calculada tendo em conta a esperança de vida e o que não se descontou... qualquer técnico de seguros sabe fazer isso com uma perna às custas...
Ao querer impor a sua liberdade de obrigar o mais fraco a esperar ou a perder pura e simplesmente o emprego, a filosofia liberal mostra as suas contradições, o seu total descrédito e a razão pela qual nunca terá grandes apoios em sociedade cuja cultura não é naturalmente a mesma. Isto é, perde terreno pela arrogância e tacanhês dos seus mentores...
Os meus amigos oureenses já se terão apercebido que não simpatizo muito com essa associação denominada de novos empresários que, de quando em quando, surge muito impertigada em encontros e nos traz a carrapatosa figura.
Dá-me a impressão que eles engoliram o receituário liberal e é só despejar independentemente das condições concretas do país e do que as suas mentes podiam elaborar.
Mais uma vez o dito senhor veio a terreiro desta vez por causa da crise orçamental. A receita é a mesma que já conhecemos: despedir o funcionalismo público e aumentar a idade da reforma.
Reparem na contradição. O homem diz-se liberal, mas o que pretende é uma imposição para determinada camada social. Isto é, ele quer ter a liberdade de impor a sua solução.
Tomemos, por exemplo, o caso das reformas. Será que o dito carrapatoso não percebe que o sistema assenta em algo já acordado e que para alguns potenciais reformados pode ter décadas e se materializa nos seus descontos realizados? E que se foi acordado, não deve ser imposto, deve ser negociado...?
É óbvio que se o país está em dificuldades todos têm que colaborar na sua solução. Todos. Não se pode atirar a resolução dos problemas para uma camada. E qual seria aqui a solução? Quanto a mim muito simples: trabalhar com o conceito de reforma parcial e torná-lo dependente do número de anos de descontos e da esperança de vida.
Admitamos que se estipula que uma pessoa tem direito à reforma por inteiro após quarenta anos de descontos e aos 65 anos. Isto não tem que ser visto de uma forma imperativa. Qualquer pessoa deverá poder reformar-se quando assim o entender, tem de ter essa liberdade. Carago! Estou farto disto, dos testes, dos trabalhos, dos cachopos cada vez mais mal educados, aos sessenta quero ir para Ourém seja lá com o dinheiro que for. A reforma pode ser calculada tendo em conta a esperança de vida e o que não se descontou... qualquer técnico de seguros sabe fazer isso com uma perna às custas...
Ao querer impor a sua liberdade de obrigar o mais fraco a esperar ou a perder pura e simplesmente o emprego, a filosofia liberal mostra as suas contradições, o seu total descrédito e a razão pela qual nunca terá grandes apoios em sociedade cuja cultura não é naturalmente a mesma. Isto é, perde terreno pela arrogância e tacanhês dos seus mentores...
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