sábado, outubro 21, 2006

O caluniador

O prémio, hoje, vai para o Correio da Manhã, devido ao seu título de primeira página de acordo com o qual os respeitáveis ministros iriam ter aumentos de 6,1%.
Depois, lendo a notícia, concluía-se que o grosso dos ministros tinha um aumento semelhante ao imposto à função pública, o nosso primeiro, coitadinho, ainda tinha uma redução e o grande sortudo era o terrível Pedro da Silva Pereira que passava de mais de 50000 euros anuais para mais de 120000.
Excelente jornal!

sexta-feira, outubro 20, 2006

Um exemplo de manipulação da informação

Um jornal diário de informação económica publicou hoje um artigo acerca do desemprego e dos 59 milhões que o Estado vai poupar com a queda da taxa de desempego. O piedoso ministro da segurança social aparece com o ar de quem é responsável por toda aquela magnífica gestão.
Aliás, ainda estou para perceber como é que se consegue converter uma súbida de 51,7 milhões de euros numa descida desse montante (fala-se em poupança) só pelo facto de a subida ser menor num ano do que no outro.
Não conheço o alinhamento político desse jornal ou se tem algum. Mas um gráfico nele inserido, mostrou como a informação pode ser manipulada... e isto foi recentemente denunciado pelo nosso amigo anónimo em texto sobre as percentagens em que nos embrulham e eu diria mais: com que nos embrulham.
Vem tudo a propósito da evolução da taxa de desemprego. Usando os números do jornal que o mesmo terá pesquisado no INE, um estudante de Economia faria o seguinte gráfico:



O gráfico mostra que há uma ligeira tendência para a descida, mas que não podemos ter sérias esperanças de uma melhoria significativa para o próximo ano.
Mas o responsável pelo artigo não fez este gráfico. Resolveu cortar-lhe a parte de baixo e criar uma escala entre 7% e 8%. Vejam o resultado:



Notável, não é? Mais um anito e acaba o desemprego...
Claro que podem não ter sido estas as intenções do autor, tanto mais que a tendência decrescente já anteriormente teve uma inversão. Mas mostra que, quando se quer, consegue-se dar à informação económica o ar que mais convem a quem a trata...

quinta-feira, outubro 19, 2006

O distraído

É tal a sua vontade para o desenvolvimento do país que confunde três décimas percentuais com retoma. E assim surgiu a gaffe prontamente denunciada e corrigida.
Agora, chegou a crise energética. Ao que parece, desde Março que os seus serviços tinham notificado o Parlamento sobre a necessidade do aumento superior a quinze por cento. Mas sua excelência não deu por nada. Se calhar nem viu. Possivelmente, a culpa é toda daquele secretário sentado com ar de mau e nome de guerra que diz que a responsabilidade é dos consumidores que andaram todo este tempo a pagar a electricidade mais barata do que deviam.

quarta-feira, outubro 18, 2006

Uma nota sobre Ourém e o orçamento

Com um PIDDAC fraquíssimo (melhoria de estradas e mais salas de audiências), possibilidade de endividamento mais que esgotada (Ourém faz parte da lista divulgada pelo Governo que ultrapassou os limites de endividamento e todos sentimos em quê...), uma transferência para o Município bem fraca, as freguesias do concelho vão ter que continuar a contar os tostões. É o que podemos ver na figura seguinte (valores em euros):



Como sempre, Fátima leva a maior parte do bolo. Também são mais, é maior, tem outros problemas, dirão...
Eu só me interrogo é como é que há pessoas que ainda se candidatam às juntas com este nível de meios para resolver os problemas que, no quadro das funções atribuídas, se lhes põem.
Mas fazendo umas contas considerando as transferências do ano anterior, vê-se que até foram os mais pobrezinhos os que tiveram maior crescimento. Tal situação é revelada pelo gráfico seguinte. Estranho é o caso do Olival: será o ministro de lá?



Esta especificidade do Olival levou-nos a determinar a capitação da transferência para a freguesia por elemento da população residente de acordo com o apuramento do censo de 2001. E o resultado é surpreendente: afinal, o Olival está a tentar a convergência com o resto do concelho e os residentes dos Formigais são os campeões em capitação, afastando-se rapidamente dos restantes. É o que diz a próxima figura.



segunda-feira, outubro 16, 2006

A palavra ao carrasco

A semana começa cinzenta, chuvosa, talvez um pouco fria, agoirenta. Toda a noite, os trovões recordaram que alguém não está contente com os direitos que um dia ousámos reivindicar e que, por incúria e cedência ao facilitismo e, por vezes, à demagogia, deixámos roubar. É o sinal de que vem aí alguma coisa...
Mais aperto, pensar-se-á. Mais aflição. Mais gente em casa sem nada para fazer. E alguns com reformas chorudas, e empresas com lucros fabulosos, e outros com rendimentos de fontes bem nebulosas. O fosso, esse, vai-se cavando cada vez maior...
A hora parece ser logo às 17.

sábado, outubro 14, 2006

A retoma que vem, mas não convem

Ontem, sua excelência, o ministro Pinho, anunciou o fim da crise, mais, garantiu a retoma.
Mas foi uma gaffe...
É que haver retoma há, mas não convem que se saiba.
O governo do engenheiro Sócrates, orientado por sua excelência o ministro dos Prantos, quer ter os benefícios da retoma e os benefícios do emagrecimento e do aperto do cinto: é uma espécie de acumulação primitiva...

sexta-feira, outubro 13, 2006

"Envelhecimento da população ameaça finanças públicas"



É um título do jornal Público inserto na sua primeira página.
Um título com água no bico, acrescentamos. Da leitura do artigo, infere-se, dada a impossibilidade de aumentar a natalidade e a falange de desempregados, a necessidade de continuar a reduzir direitos sociais muitos deles garantidos pelos descontos que as pessoas fizeram.
É também uma ajuda ao PSD no seu braço de ferro com o ministro da Segurança Social sobre a reforma desta. Aquelas conclusões quase parecem o gráfico que os discípulos do Ganda Nóia inventaram para, na televisão, ilustrar a situação com uma linha amarela a descer, descer, como que para o abismo...
Claro que a situação é só para 2050. Mas com tanto que se quer tirar às pessoas excessivamente acomodadas a determinada forma de existência, não será de pensar que o que se anuncia tem mais a ver com a crise geral do capitalismo e que não tem solução dentro do sistema?

quinta-feira, outubro 12, 2006

O obcecado

Aquele olhar, aquela persistência não enganam. Depois, as palavras: “é a nossa política ou ficar como estávamos”.
O engenheiro Sócrates está profundamente enganado. Apesar do mérito de algumas das suas propostas, a sua crueldade social, o seu autismo relativamente a outras posições com algum mérito fazem com que pouco a pouco vá afastando todos os que o apoiaram ou lhe deram o benefício da dúvida.
Todos?
É capaz de não ser bem assim. Quer-me parecer que o detentor das finanças é um dos seus mais firmes apoios. Tanto repetem um ao outro aqueles disparates anti-sociais e a sua autoproclamada missão de salvadores que acabam por acreditar neles...
O engenheiro pode não se importar com o crescente descrédito tão confiante que está da missão, mas a organização que representa vai certamente sofrer as consequências...
Da forma e do conteúdo

É um mar de gente.
Milhares e milhares de pessoas envolvem S. Bento protestando contra a política do Governo.
Aqui e ali alguns cartazes com um carácter um tanto insultuoso: "Mentiroso", "Kamikase", "Nabo" e "Carrasco" passaram-me várias vezes pela frente.
Apesar disso, o tom dos condutores da manifestação é cordial, por vezes, divertido sem perder a acutilância.
Um pouco afastadas, junto ao ISEG, há quase uma dezena de carrinhas cheias de polícia pronta a actuar caso o protesto suba de tom. Veem-se os escudos, as viseiras, os cacetetes.
- Só do Porto vieram 102 camionetas...
A manifestação é grande, muito grande. Pelas 17 horas, São Bento já estava cheio e a cauda ainda estava longe.
O governo de Sócrates parece apostado em virar o povo contra ele. Gozam com as pessoas, são indiferentes ao seu sofrimento... tudo sob o argumento da legitimidade da tecnocracia e do liberalismo.
O governo esquece que transporta consigo a palavra socialismo. Como se ela nada significasse. Como se a mesma forma (a palavra) pudesse ter qualquer conteúdo (a péssima política social) que o seu desejo de protagonismo insiste em aplicar...
Diabo de dificuldade

É-me sempre difícil conviver com governos do PS. Quando lá estava Barroso ou Santana, as coisas tinham piada porque pareciam tão disparatadas e vinham de uma área política pouco simpática que, atacá-las, surgia como o mais natural deste mundo. É porreiro estar a direita no poder para podermos dar livre expressão à nossa capacidade crítica.
Mas com os actuais...
Aparece a nova lei das finanças locais. Traz limitações ao endividamento, traz auditorias regulares aos municípios, coisas que eu até apoio. Por exemplo, o endividamento: que legitimidade tem um autarca de atirar para a responsabilidade do seu sucessor os disparates que andou a fazer? Por exemplo, as auditorias externas e regulares por entidades independentes e credíveis... mas haverá alguma organização a quem isso faça mal? O meu mal estar está em que os meus mais tradicionais amigos dizem cobras e lagartos desta lei...
Vejamos agora a saúde. Parece que quem for internado num unidade de saúde pública vai pagar cinco euros por dia. Até parece pouco... mas há pessoas que nem isso têm. Portanto, como não têm, não têm o direito de ser internadas e tratadas. Está certo não está? Bem podem falar na diferenciação das taxas em função dos rendimentos... é que isso só beneficia os que aldrabam os rendimentos...
Depois, vem a educação. Então não está certo que haja um período de adaptação a um novo emprego onde quer a pessoa quer a organização determinam as auas qualidades para a função? Então não está certo que as pessoas sejam avaliadas? Eu estou de acordo... mas pôr na avaliação o interessado na facilitação é que me parece que nem lembra ao diabo, é excesso de democracia, isto é, balda.
Tudo isto demonstra que, antes de se estar no poder, aquela fase de namoro, engrandecida até pelo romantismo da oposição, promete-nos o melhor dos mundos e, depois, perante os problemas, as acções não correspondem ao enunciado e fazem-nos duvidar de tudo o que acreditámos... eram ilusões, dirão, mas temos de acreditar que as coisas podem melhorar um bocadinho.

segunda-feira, outubro 09, 2006

Acordo e desacordos quando os recursos são escassos

Em tudo o que fazemos há acordos e desacordos amigos.
Vem isto a propósito do nosso post sobre a reunião de autarcas motivada pela nova lei das finanças locais.
Alguns comentários amigos mostraram-me o seu desacordo, mas eu, relendo o que está escrito, hesito...
Sempre tenho adoptado uma posição de que é possível modificar as coisas para o melhor mesmo num contexto em que se preconize uma mudança mais radical da sociedade.
Neste caso concreto, está em causa a utilização do que nos foi retirado pelo Estado em termos do rendimento que era nosso. É óbvio que aceito que os senhores autarcas, democraticamente eleitos e democraticamente transparaentes, têm todo o direito de afectarem os recursos que lhe são confiados ao que melhor entenderem. Isto é devem escolher, prioritizar procurando o melhor para a sua região e sujeitando-se à crítica dos que os elegeram.
Mas não é de todo incorrecto aceitar que a melhor perspectiva de conjunto é aquela que o governo - também democraticamente eleito, democraticamente transparente e democraticamente dialogante (até parece que estou a gozar, mas não...) - em determinado momento possui e que, se de acordo com o mesmo, só é possível atribuir a uma região ou distrito determinada verba, garantido que esteja o funcionamente corrente do órgão autárquico, o melhor que os senhores autarcas têm a fazer é escolher a sua melhor aplicação, mesmo que isso lhes traga perdas eleitorais e sem comprometer o futuro dos que se lhe seguirem. Uma atitude como esta, mais do que acusar sempre o poder central de boicote e insuficiência, o que faz é chamar a atenção para as escolhas em função de recursos que, por definição e realmente, são escassos.
Finalmente, não me sinto a atacar o poder local quando digo que muito do investimento que concretiza é podre (destinado a satisfazer clientelas ou com fins eleitoralistas). Bem pelo contrário, isto é visível no nosso concelho e em muitos outros e a sua denúncia só serve para o reforçar, extirpando-o deste monstro que lhe transforma completamente a natureza...

sexta-feira, outubro 06, 2006

A continuação do erro

Os senhores autarcas estiveram reunidos e manifestaram-se com um profundo não, de mais de 800 votos num total de oitocentos e setenta e tal votantes, relativamente à nova lei das finanças locais. Fizeram-no através de um documento onde não enunciam qualquer acção de resposta em termos de constestação.
No fundo, consideram que o Governo tem razão quando assume que, em grande parte dos casos, os seus gastos estão feridos de ineficácia, que muito do investimento é podre (destinado às clientelas ou à propaganda eleitoral), mas esperam que haja uma revisão da situação de forma a uma atitude menos radical do executivo (“gastem lá à balda, mas não tanto...”).
Este é mais um daqueles casos em que uma votação, por mais rotundo que seja o resultado, não dá razão ao votante: é que este está a ser juiz em causa própria. Assim, o peso esmagador do seu voto demonstra quão errada está a organização do poder local no nosso país.

quarta-feira, outubro 04, 2006

Olha que número bonito aí vem...

050050...
é uma espécie de mais 500...
depois, mais 50...
e aonde vai isto parar?
Para a falta de inspiração não há dúvida que é excelente auxiliar.
Haverá os que dirão: o OUREM é tributário dos disparates do presidente David. Talvez não se enganem muito. A criatura, com aquela fixação na destruição das nossas referências (em vez de instalar o núcleo de astronomia no moinho, desactivou-o e ofereceu o equipamento ao CEF!... e este não pagou a pintura nem uma cobertura para o desgraçado), acompanhada pelo não respeito pelas mais elementares normas de educação, eficiência (que lhe provoca constantes derrapagens) e outras mesmo quando as suas acções alimentam o voraz apetite das suas clientelas, acaba por fornecer excelentes motivos para os posts.
As múltiplas faces do OUREM

O OUREM nasceu em Julho de 2003 e começou por publicar artigos aparecidos entrte 1972 e 1975 no Notícias de Ourém e no Ourém e seu concelho, artigos da responsabilidade do seu criador.
Esta fase não se aguentou mais de dois meses. Reescrever os artigos, o seu carácter datado e a ausência de leitores, em breve provocaram uma ausência que durou até aos primeiros meses de 2004. Por esta altura, o entusiasmo bloguístico suscitado pelo Castelo provocou o acordar do nosso blog. Havia um apontador entre os links, havia uma referência, sentimo-nos importantes.
Munidos de máquina fotográfica e de recordações do passado nas décadas de cinquenta e sessenta, percorremos Ourém e publicámos uma reportagem dita saudosista com um apelo decalcado de Marx: “Oureenses de todo o mundo, uni-vos! Andam a destruir a nossa terra...”. Seguiu-se a saudação do 25 de Abril e a participação num encontro de bloggers na Som da Tinta. Recordo uma questão interessante de um participante:”E quando se acabarem as recordações, o que vai fazer?” Eu sabia lá, sentia tanto para dizer...
O projecto “Ourém em estórias e memórias” nasceu por essa altura - não vale a pena descrevê-lo, o seu nome é auto-explicativo - e, em Novembro de 2005, levou à publicação de um livro com recordações de Ourém e com uma crónica relativa à destruição de elementos de referência da nossa geração. No livro, foram integradas participações de vários autores: memórias do Avião, uma história dos bombeiros pelo seu comandante, um inédito do Luís Nuno, um texto do ZéQuim e um poema de uma descendente dos membros do Poço dedicado ao mesmo. Do livro foram feitos 50 exemplares distribuídos pelos amigos do Poço e por outros que manifestaram o desejo de o possuir. Houve ainda ofertas para a Biblioteca, para os dois jornais e para o Café Central que numa primeira fase se tinha prontificado a apoiar financeiramente a sua edição.
Entretanto, o OUREM tinha participado activamente em processos eleitorais e, inclusivamente, o seu criador foi candidato pela CDU nas eleições autárquicas onde procedeu à denúncia da ruinosa política de Catarino e companhia. A crítica aos governos de Durão Barroso e Santana esteve sempre presente e a colaboração com o Sérgio permitiu o acompanhamento da sua passagem pelo parlamento europeu.
2006 trouxe um novo projecto para o blog: reciclar músicas da geração de 50 e 60 e fazê-las acompanhar de pequenas estórias sobre o ambiente em Ourém na época. Esse projecto acompanhou ainda a elaboração de uma antologia poética. É esse disco que vai, na próxima realização do Poço, ver a luz do dia, guardando-se para uma data futura uma decisão sobre os novos textos e a antologia (onde consta um inédito amavelmente cedido pela Carmen Zita).
Quanto ao OUREM, vive a partir do último daqueles tempos em profunda agonia...
Estive para falar em fases ao atribuir título a esta divagação. Mas as coisas foram tão sobrepostas que preferi utilizar o termo faces: sim, o OUREM tem várias faces, embora todas elas radiquem no legítimo desejo de uma política que respeite as referências culturais da nossas terra. Uma utopia, claro!
50000

Vai ser hoje, lá para a parte final da manhã, que chegaremos a este número de acessos.
Confesso que, ao passar ali pelos 40000 e sentir as dificuldades da manutenção, pensei que não iria conseguir. Mas, como já foi dito, a inércia não pode ser desprezada e, só a possibilidade de se dizer algo de importante mesmo que isso não ocorra, fez-me sentir esta satisfação. Isto é, ultimamente, o OUREM viveu de créditos acumulados.
Nada tenho para prometer para o futuro. O exorcismo está consumado, a indiferença está instalada, a desinspiração é a mesma, por isso não há comemorações...

terça-feira, outubro 03, 2006

O Presidente David vira polícia

Agora, a gestão autárquica do concelho já não parece uma responsabilidade da câmara. As actividades (mesmo as de controlo e estratégicas) são confiadas a "empresas credenciadas". Que falham e falham e voltam a falhar...
... é o que se vê aqui.
O presidente, esse, fica sempre bem. Já pode apurar responsabilidades para lavar a sua... Ele é tão inocente! Fica sem culpa nenhuma.
Mas a mim não me engana!
A culpa é toda do executivo camarário que nem capacidade tem para escolher os melhores colaboradores. E lá vai de derrapagem em derrapagem até ao estampanço final...
... que o povo pagará, claro!

sexta-feira, setembro 29, 2006

Olhem o que eles fizeram ao nosso moinho



Coitadinho!
No meu tempo já não tinha vela. Agora nem cobertura merece. Assim, o Núcleo de Astronomia poderá observar directamente os astros.
Esta é a imagem de como vão deixar pedaços da nossa Ourém enquanto não se lembrarem de os destruir para lhe construir qualquer mamarracho em cima...
Um dia, escrevi sobre estes moinhos no Ourém e seu Concelho. Levado pelo pelos textos do Sérgio no Anónimo e no Foto e Legenda (1, 2 e 3), fui procurá-lo, mas não gostei para o trazer para aqui. No entanto, esse texto recordou-me que um dia um grupo de oureenses veio a correr pela encosta abaixo por causa de uma descarga eléctrica que teve algumas consequências assustadoras. Não me recordo quem eram. Nem o que sofreram. Mas acho que pararam no largo onde se inicia a Rua de Castela e alguns contaram o que se tinha passado.
Gostando como gostámos do que vivemos em Ourém, quase que amaldiçoamos esse passado por, a todo o momento, os urbicidas de serviço o estarem ou deixarem destruir.

quinta-feira, setembro 28, 2006

É imparável

A caminhada do OUREM para os 50000 acessos já não pode ser detida. A não ser que haja algum ataque fulminante a esta formidável ferramenta da liberdade de expressão que é o Blogger pelas forças catarinetas ou seus aliados objectivos, como o senhor Diabbo, a inércia garante que mais ou menos dentro de duas ou três semanas, esse objectivo será alcançado. E quando falo em inércia refiro-me ao acesso sem haver qualquer contrapartida nossa: os amigos, apesar de silenciosos, já nos habituaram a procurar qualquer coisa nova no blog, mesmo que este enfrente algum período de total falta de ideias.
Pode ser um número bonito para fechar a porta, mas creio que isso não ocorrerá: ao contrário de outros, o OUREM permanecerá aberto, mesmo que inactivo, esperando por algo que o reanime...

quarta-feira, setembro 27, 2006

Chegou hoje a Ourém



Consta que o psicólogo dos Dalton chegou hoje a Ourém e pode ser encontrado no Central.
Vai visitar o executivo camarário e tentará responder a duas questões: "por que serão eles tão mauzinhos? onde aprenderam a destruir tudo?"
Mas há toda a probabilidade de ficar igual ou pior que eles...

terça-feira, setembro 26, 2006

Praxes

E com esta treta da praxe que não é mais do que humilhar os que estão em momentânea inferioridade, em vez de constituir uma verdadeira adaptação ao novo ambiente, vai-se perder uma semana de trabalho num semestre que, à partida, contava com treze.
E Ourém?
ou da inutilidade da derrapagem
(extracto do artigo publicado no NO)

...
Perante estes resultados que reflectem a existência de inúmeros atrasos e incoerências ao nível da disponibilização da informação pelas câmaras, é legítimo interrogar-nos: E Ourém? Qual o seu lugar e papel em tudo isto? E dizemos papel porque o que ocorrer em Ourém irá com certeza influenciar os resultados de qualquer estudo que seja feito para apreciar a evolução dos sites.
Se nos reportarmos aos resultados do relatório, podemos concluir o seguinte:
- em termos gerais, Ourém ocupa a 110ª posição com um valor de 0,49 o que significa que tem disponíveis no site sensivelmente metade das funcionalidades procuradas. A sua posição é melhor, por exemplo, do que Leiria e Coimbra;
- em termos de características da Navegação, Ourém parece enfermar de vários problemas: fica-se pela 244ª posição com um valor de 0,33. Pior, apenas sites como a Nazaré (extremamente desorganizado) ou autarquias que não tenham site;
- já no que respeita à informação sobre eleitos, Ourém ocupa a 120ª posição com um valor de 0,58 para o indicador, melhor do que, por exemplo, Sintra, Aveiro e Lagos. Um dos elementos que penaliza ao nível deste critério é a não disponibilização de emails dos eleitos. A exigência desta funcionalidade tem todo o sentido: como podemos estar numa democracia representativa sem forma de contacto com o representante? Quando este se manifesta na Assembleia Municipal que problemas foca? Os dele? Se não, como os percepciona?
- a melhor classificação de Ourém é a que deriva da informação municipal proporcionada. A disponibilização das actas (às vezes, um pouco atrasada!), de informação sobre o UNIVA, as publicações, etc, fizeram com que Ourém se situasse na 64ª posição com uma taxa de cobertura das funcionalidades de 0,65 (para quando o preenchimento do directório de empresas?). Neste critério, é melhor do que Coimbra, Leiria, Aveiro, Albufeira, Braga...;
- já quanto à abertura ao munícipe a posição de Ourém é desastrosa: 173ª com um valor de 0,10 que, apesar de tudo, iguala o dos concelhos sede de distrito Castelo Branco e Vila Real e o da Figueira e é superior ao das Caldas.
- finalmente, Ourém ocupa a 99ª posição com um valor de 0,63 em termos de informação sobre o concelho onde se integram circuitos turísticos, informação histórica, etc. Este resultado melhor que o do Funchal, Braga, etc.;
Perante estes resultados, podemos interrogar-nos: estará Ourém em condições de melhorar de posição e de prestação aos seus munícipes?
Estamos convencidos que Ourém melhorará ligeiramente a sua prestação, mas, relativamente aos outros municípios, sentimos que vai ter tendência para se afundar nestas tabelas já que não acompanhará os desenvolvimentos em termos de Navegação e Abertura. Para compreender isto, basta atender aos sinais provenientes do projecto relativo aos novos Paços de Concelho: o parque de estacionamento, o grande balcão centralizado de atendimento e a ausência de qualquer documento que explicite o que a Câmara espera dos Sistemas de Informação para os próximos anos. Isto é, quando a nova Câmara abrir, compreender-se-á que tanta derrapagem foi inútil.

segunda-feira, setembro 25, 2006

25 canções para os amigos do Poço: guia de audição

1. Oh Lady! – Les chats sauvages
Os nossos cafés: o Avenida, o Central, as sensacionais partidas de bilhar enquanto o Dick Rivers mandava aquele “rieeennnnnn” que parecia o zurrar de um burro. O Duarte a cantar e a dançar agarrado ao taco do bilhar, o Genito a fazer o pino numa cadeira...

2. Lonely, lost and sad – Sheiks
Os amigos Rui e Jó Rodrigues e as monumentais tardes de convívio na quinta que repousa sob a EPO

3. Le ciel est si beau ce soir – Richard Anthony
Os encontros e desencontros ... Os minutos de espera que pareciam horas e que faziam pensar que ela nunca mais viria

4. Chove – Conjunto académico João Paulo
Noites de chuva e espera em Ourém quando nada se passava e hoje até parece que era o mais importante...

5. Perdoname – Duo Dinamico
O gira-discos tipo mala de viagem, a ida ao bailarico de Caxarias na motorizada do Quim Vaz, a descoberta das lindas meninas de lá, as beatladas e aquele pedido “não tens o perdoname...”

6. Derniers Baisers – Les chats Sauvages
Canção do Fernão Lopes com o Vitor e o Zé Augusto a sentirem o bafo do Dr. Armando após o famoso “chupa?!!”.

7. Una lacrima sul viso – Bobby Solo
Sei lá porquê. Tinha piada. Ainda me recordo do ar escandalizado de malta amiga quando o Bobby apareceu de olhos pintados no festival de S. Remo a cantar o “Se piangi, se ridi”

8. Johnny lui dit adieu – Johnny Halliday
Fabuloso canção, mesmo à Halliday...

9. Demain tu te marries – Patricia Carli
Outra vez o Fernão Lopes. Aquele “Arrete, Arrete...” é inesquecível pelo modo como é entoado (aliás muita gente conhece-a por essa designação). No final, o “Non” desesperado é uma espécie de grito que queremos entoar muitas vezes e não temos coragem

10. All my loving – Beatles
Passagem por Fátima, pelo posto de turismo. Pela primeira vez, mexi num gira-discos e fiquei entusismado. Houve música para peregrinos e para as meninas daquelas lojas pequeninas, todas iguais

11. I can’t let Maggy go – HoneyBus
Canção para as namoradinhas oureanas… e também para o TóLiz que se atirou de guarda-chuva aberto, a fazer de pára-quedas, do 1º andar do Fernão Lopes, daquele patamar que dava acesso às aulas do primeiro ciclo, pensando que ia voar. “He flies like a bird...”

12. If you need me – Rolling Stones
Talvez Nazaré, uma das primeiras músicas que gostei dos Stones

13. Mr. Moonlight – Beatles
Aquele órgão ouvido na fabulosa quinta, aquele grito inicial: tardes em que não nos lembrávamos de luar...

14. All my sorrows – Searchers
Traz-nos o som desse tempo como por vezes o sentíamos nos bailes de finalistas e nos casinos. “All my sorrows” só foi descoberta mais tarde. Em Ourém ouvia-se o “Sweets for my sweet”.

15. And I love her – Beatles
Nazaré, passeio pela marginal. Há mãos que se encontram num tímido despertar do encontro com o futuro. Lá ao fundo, havia uma monumental caixa, cheia de discos onde, um braço automático, depois da moeda introduzida, procurava o disco e despoletava a sua audição

16 e 17. Happy together – Turtles e Tell me you are coming back – Rolling Stones
Canções do Jó Rodrigues e da sua capacidade notável para nos fazer ter atenção a passagens especiais.

18 Le Penitencier – Johnny Halliday
O mais famoso hino da nossa geração. Não houve oureense que não passasse pela minha casa para o ouvir. O Zé Domingos por vezes ainda mo recorda. Mas houve um visitante de Ourém, o Raul, que me ficou com o original após troca. Já não o sei localizar...

19. Je suis parti – Christophe
Vocês queriam o Aline, mas eu gosto mais desta. É uma canção de Leiria, da esplanada onde o João Antunes, um dos corsários de Apolo, se entretinha a cantar para o pessoal ouvir...

20. Quand reviens la nuit – Johnny Halliday
Uma versão do Mr. Lonely com aqueles repentes do Johnny

21. La plus belle pour aller dancer – Sylvie Vartan
O Jó Alho, impagável, frente aos Claras, na Avenida, a trautear a canção e a correr de um lado para o outro, saltando, projectando as pernas para trás e batendo com os calcanhares.

22. Never my love – Association
Vir para Lisboa e estudar custou tanto

23. Sounds of Silence – Simon and Garfunkle
Canção das famosas tardes de bailaricos no Castelo. A sensação de ouvir pela primeira vez algo que se sentia ser muito bom

24. Mrs Applebee – David Garrick
E o raio do curso que nunca mais acabava. A polícia a ocupar a Universidade sem lhe podermos dar uma ferroada a valer.

25. El final del verano – Duo Dinamico
E o problema era que o Verão e a Nazaré acabavam mesmo, bem como os passeios, as idas ao casino, as noites na esplanada ou dormidas dentro das barracas. Até que uma vez, acabaram para sempre...

sexta-feira, setembro 22, 2006

Olha o IGAT

Eles andam por aí.
Fazer trabalhar à borla aos sábados e domingos?
Uma cave sem autorização?
Uma unidade hoteleira sem projecto aprovado?
Falem com o venerado presidente David...
Sob fogo intenso

Telefone e caixa de correio no ISEG estão sob fogo intenso depois deste artigo do DN. Ainda não sei se o NO ajudou à festa...
Compromisso Capital

Não se pode dizer que exagerem: querem ELIMINAR 200000 funcionários públicos.
Eu percebo porque não os eliminariam a todos: ficariam sem ter quem lhes entregasse os subsídios à produção.
Há quem diga que o do bigode curto e braço estendido também não conseguiu ser eficiente: ELIMINOU 6 milhões de judeus.

quinta-feira, setembro 21, 2006

Prazer de rua

Dias como o de hoje chamam-me a atenção para aquelas entradas nos locais de trabalho directamente para o parque de estacionamento ou, em nossas casas, utilizando o comando que abre imediatamente o portão. A ginástica faz-se no ginásio em recinto fechado e as ruas vão sendo despovoadas dos seres normais.
A verdade é que este dia cinzentão, um pouco escuro, húmido, de temperatura agradável, me dá monumental prazer para desfrutar ao ar livre desde que acompanhado dos devidos acessórios de protecção. Molham-se os pés, as calças, mas parecemos envolvidos na natureza neste ambiente que teima em destruí-la.
Presumo que, em Ourém, ali para os lados do antigo mercado, depois de uma noite tão preenchida por fenómenos naturais, a situação não permitirá estes devaneios...

quarta-feira, setembro 20, 2006

Contagem decrescente para o Poço

Faltam 45 dias...
Num canto de uma estante da residência habitual, 40 CDs recentemente produzidos, ainda parcialmente descapados, já aguardam pelo 21º encontro.
Há dias, em momento de audição e controlo, tive duas decepções. A primeira resultou da descoberta de um pequeno defeito (salto d agulha) no final de uma das canções: 5 daqueles CDs serão raridade para coleccionador! A segunda foi uma frase que me chegou:
- Eles não vão gostar disso. É excessivamente pessoal, autobiográfico...
Será verdade? Será que não vão gostar? Atrevem-se a não ouvir? Será que devo destruir tudo aquilo?

terça-feira, setembro 19, 2006

Ourém cada vez mais longe

Já não chegava o preço dos combustíveis e das portagens que converteram o custo de uma deslocação a Ourém em algo de assustador. Agora, é o alargamento para três vias do troço entre Torres Novas e Santarém. Condutores cuidadosos encostam-se à direita e ali vão respeitando o melhor que podem a limitação dos 80. No entanto, há quem se atreva a tudo desrespeitar, inclusivamente encontram-se camionetas em ultrapassagens quase a roçar o parceiro sem o mínimo respeito ...
Mas, hoje, nem falo nos motoristas... falo noutros condutores...
Como é possível que, passados pouco mais de 10 anos sobre a abertura do nó, surjam obras de alargamento para uma terceira via? Não era previsível a sua necessidade? Foi o desejo de abrir mais uma empreitada? Já repararam que nem o diabo de um viaduto foi projectado para passar sobre mais do que as duas vias (*2)? Como é confrangedor vê-lo ali caído!
E agora? Há a certeza que as três vias aguentam até quando? Será possível alguma vez utililizar a autoestrada sem este tipo de interferências até Ourém?
Progresso é mudança, mas tanta é anarquia e retrocesso.

segunda-feira, setembro 18, 2006

Diálogos com distintos oureenses: Valerá a pena ter Página?

Alguns jornais já fizeram referência ao estudo sobre os Serviços de Informação das Autarquias.
Tanto bastou para receber toneladas de correspondência alguma da qual tem dado origem a diálogos bem interessantes. Ora oiçam:

- Hoje, uma notícia sobre as páginas da NET das autarquias. ...associei aos posts que publicaste no teu blog sobre este assunto. Será? Se sim, gostava de saber a tua opinião sobre o municipio de Alcobaça. É que, no que diz respeito à divulgação daws actividades culturais nunca vi igual, nem melhor. São eficientes e muito pontuais

- Efectivamente o tal estudo tem a ver com o que publiquei no Ourém e o responsável fui eu (e os alunos...). Quanto a Alcobaça... lamento desiludir-te: o nosso instrumento de análise era a página Web e eles nem a tinham no momento do estudo. Logo, levaram com um zero em cima e ficaram no fim do ranking. Pelo contrário, a terra onde vives, Caldas, já é bem melhorzinha, apesar de ficar lá para o meio da tabela...

- As coisas são como são... Caldas é uma nulidade no que diz respeito a informações por Net. Ninguém as lê. ninguém responde. O Turismo não tem acesso à net nem às informações culturais. Tudo está desactualizado, mas enfim... as coisas são como são!
Depois de ter lido as informações sobre esta cidade no teu blog, pensei que eu teria sido de infelizes coincidências e então, voltei lá!
Sim, voltei! Inscrevi-me na bolsa de emprego, quer dizer, solicitei uma entrevista a uma pessoa que estava inscrita para prestação de serviços de secretariado e .... NADA! Protestei e... NADA!
Outro exemplo - a agenda cultural não existe informatizada.
Então, desloco-me ao turismo mensalmente para a ir buscar. Nunca, mas mesmo nunca estava ndisponivel antes do dia 12/13.
Passei a pedir para ma enviarem por correio. Demorou um ano. Agora mandam-me 3. Quero apenas uma, digo eu com insistência, por telefone, por mail a agora por carta escrita via CTT's.

É o reino da incompetência e do despesismo!
Quanto a Alcobaça, vou enviar já um protesto... e será, de certeza, atendido!

- É mesmo assim...
Caldas criou uma página onde pôs muitas daquelas coisas que é de bom tom lá ver e passou a constar como tendo uma página com determinadas funcionalidades. Aquilo pode não mexer, pode ficar pendurado, pode não estar preenchido mas vais lá e... tem página!
Alcobaça nem a esse trabalho se deu. Podem não ser muito diferentes, pode Alcobaça até ter melhor desempenho, mas não segue um requisito actual importante...
Mas é uma pena não termos por cada concelho cinco ou seis cobaias de teste aos sistemas locais para se poder chegar ao conhecimento e tratamento de opiniões como a tua. É que o tratamento ao longe de 308 concelhos por pessoas que não vivem lá leva de certeza ao resultado que apontas: valorizar aquilo que existe a fingir...

- Obrigada pela tua resposta tão clara e tão oportuna. Ela veio de encontro àquilo que eu penso sobre muitas câmaras com as quais contacto - o que fazem é fogo de vista apenas! Muitas vezes tenho pensado nos estudos que se fazem a partir do que está escrito apenas, nomeadamente sobre a Câmara das Caldas. Daqui por 50 anos, esta Câmara poderá ser considerada exemplar, com base no que existe escrito. Mas, a realidade é outra: o caso da Agenda Cultural, por exemplo. Estamos a 18 de Setembro e ainda não apareceu a de este mês. Mas isso que importa, se ela existe? e se ninguém vai ver em que dia é dada ao público?

- Tens toda a razão
De qualquer modo, quero dizer-te que o relatório conseguiu captar o problema da Caldas da Rainha já que a classificação em termos de Abertura ao Munícipe foi desastrosa. Isto é, Caldas tem algum mérito em termos de informação morta (a inf. municipal foi lá posta uma vez, nunca mais mexeu...), mas em termos de diálogo, resposta a emails, consulta de processos, formulários é muito pobre. Acresce que, se deixarmos de fazer médias simples e ponderarmos mais este aspecto, somos capazes de os colocar quase no fundo da tabela...

- Ah! Estou um pouco mais reconciliada com a investigação! Acabei de enviar um mail para a Câmara de Alcobaça dando-lhes conta da vergonhosa clasificação e insurgindo-me contra isso, dado que é um ponto que podem melhorar, tanto mais que, como te disse, são eficientes no que diz respeito à informação das acitivdades do município.

domingo, setembro 17, 2006

Um Sol com pouco brilho

A manchete, assente no ataque pessoal, é lamentável.
O segundo tema da capa não é informação.
O jornal parece um clone de algum projecto apresentado sobre o rival e recusado.
O menino, zangado, bateu com a porta e veio demonstrar ao papá que era o mais teimoso e também conseguia produzir um jornal.
Vulgarmente gosto da análise do director, na terceira página, mas esta pareceu-me pouco consistente, enviezada.
Muito positivo é a divulgação de emails dos jornalistas em elevada percentagem. Se repararem noutros jornais, há como que o esquecimento de que essa via de comunicação existe...

sexta-feira, setembro 15, 2006

Vem aí o Sol

Com certeza para vender jornais... contrariamente ao outro:
- Eles vendem o DVD, não o jornal.
Redacção politicamente (in)suspeita na qual destaca o Príncipe (lembram-se do Maquiavel?): Marcelo...
Saraiva parecia um pouco ressabiado.

quinta-feira, setembro 14, 2006

Anda por aí Acácio Paiva



Não sei de onde terá saído: se de Leiria ou Tomar, se do Olival ou das Serras...
Também não é importante. O que vale é o que diz sobre Ourém, mais propriamente sobre Vila NOva de Ourém. E há dias referiu mais pincel e tinta para melhorar os espaços que são recordação para muitos oureenses.
Tinta que este marco (verdadeiramente histórico!) também mereceria antes de o deixarem ingloriamente abater sobre o pedacinho de calçada que resta...
A ultrapassagem



O diabo da derrapagem nos novos Paços do Concelho não pára de me trazer à cabeça a memória do filme “a ultrapassagem” de Dino Risi, de 1962. Não tem nada de especial: é a história de dois homens, um fanfarrão (Gassman), outro tímido (Trintignant), que vão à aventura de automóvel. Há passagens cómicas e um final trágico.
A verdade é que, na época, magotes de distintos oureenses iam ao “Pulgas Preto” de Leiria ver o filme e vinham deliciados com ele e com a música de Modugno e de Pepino (!) di Capri, povoando de conversas o Avenida e o Central. Seria pela delicadeza do final?
Ficarão provavelmente igualmente deliciados quando esta câmara cair de podre ostentando incapacidade de cumprimento ou de endividamento, diria o venenoso...

quarta-feira, setembro 13, 2006

Chove



Com a intensificação do trabalho, sente-se que o Verão já vai longe. A Pipoca, essa, só para o ano poderá reeditar esta atitude desleixada.
Por Ourém, ovelhas mansas cantam a espera da nova estação...

terça-feira, setembro 12, 2006

Ganda Caneira!

Tenho de dar a mão à palmatória.
Os lagartões estiveram sublimes e o Marco foi um verdadeiro mestre na arte de marcar e defender.
O lagartão de Santa Cita abandona

Isto está a dar a todos de modo fulminante.
O nosso amigo Santa Cita bateu com a porta e foi-se embora. Que posso dizer? Que o compreendo muito bem, já que a desinspiração para aqui é uma constante. Que tenho muita pena, pois foi quem me ensinou a introduzir os primeiros comentários no blog. Vejam bem! Claro que em tempos em que estas coisas eram difíceis.
Será que este amigo virtual quer ficar na tal lista de distribuição? Será que vem ver o pessoal de quando em quando?
E agora com quem poderemos gozar quando os lagartões perderem? Logo, por exemplo...
Tempo de crise

Mais uma vez, sem assunto para preencher esta coisa.
O Ourem arrasta-se numa triste agonia que ainda é mais triste quando percepcionada do lado de cá.
Há dias, no Central, o Quim dizia-me:
- Tens de manter o Ourem, tens de continuar a escrever.
- É pá, Quim, mas não tenho assunto. Antes, parecia que as coisas fervilhavam para sair e tinha de filtrá-las e estancá-las para não jorrarem todas de uma vez. Agora, é um martírio para produzir qualquer post.
Mas o Quim não estava receptivo...
- Já disseste tudo o que estava mal. Agora, tens de apontar o que deve ser feito...
- Ó Quim, mas já fiz isso na campanha e ninguém me ligou nenhuma...
É verdade. Mais ou menos há um ano, começava aquela campanha com a CDU a tentar transformar Ourém. Tempos giros de produção e divulgação de ideias.
Depois, foi a ressaca, felizmente curada em pouco tempo. Houve mais posts baseados nas canções para o Poço. Agora é isto... Para me justificar, afirmo em muito sítio: "o exorcismo está consumado. Estou curado relativamente a Ourém...", mas isso são tudo tretas. A questão agora é: será que nem chegamos aos 50000 acessos?

segunda-feira, setembro 11, 2006

Serviços de informação das autarquias

Como podem verificar aqui, carregando no botão Working Papers, o estudo que, há uns meses, nos permitiu disponibilizar mais de 60 posts sobre o tema relativos a Ourém, é documento de trabalho no ISEG, podendo ser descarregado a partir daqui.
O nosso venerado presidente não vai ficar famoso porque Ourém perde-se pelo meio daqueles rankings como se não tivesse qualquer especificidade.
Agora, o trabalho pode prosseguir. A ideia é identificar deformações tipo e gerar recomendações. Para já, vão ser notificadas as câmaras e a imprensa...
Se estiverem interessados, os meus amigos podem encomendar o documento impresso para
ISEG
Gabinete Editorial
Gabinete 113
Rua Miguel Lupi, nº20
1249-078 LISBOA PORTUGAL
Tel: +351 213 925 929

É baratinho. Cada exemplar custa apenas 2.74 euros.

sexta-feira, setembro 08, 2006

Gil Vicente

Pode ser patética, provinciana, condenada ao fracasso, mas tenho de manifestar a minha simpatia pela luta do pessoal de Barcelos nestas questões sujas do futebol. Geralmente, estou pelos mais fracos e esta vez é uma delas independentemente dos milhões que os gigantes perderem (geralmente não aplicados num desenvolvimento equilibrado do desporto) e do próprio suicídio do clube que será o desfecho mais provável. Onde é que se viu uma pessoa singular ou colectiva sentir-se injustiçada e não poder recorrer aos tribunais? Já basta aqueles que não têm meios para se defender como os mandados para o desemprego ou aqueles a quem a camarilha destrói o passado...
Já repararam? São três formas de arrogância tão parecidas.
Tenho dito!

quarta-feira, setembro 06, 2006

A questão das 25 canções para os amigos do Poço

Apesar do de Novembro, 25 é um número gratificante para nós. Há o de Abril que é sem dúvida a data mais importante para a nossa geração, porque nos tornou mais conscientes, mais determinados. Por isso, justifica-se que, no nosso CD, estejam 25 canções. Sem terem nada a ver com Abril, elas acompanharam muitas conversas que desejaram Abril e que contestaram a situação que antes se vivia.
Mais uma vez, os meus amigos me deixaram sozinho com a difícil tarefa da escolha. Fiz o melhor que pude, mas tudo está atravessado pelo gosto e vivência pessoais. Garanto uma coisa: quase todas essas canções têm um nome de um amigo (que até pode ter já desaparecido) ou um recanto de Ourém associados. Recordar essas canções é também recordar esses amigos, embora reconheça que alguns nunca tenham estado no Poço, apesar de terem sido muito importantes para nós.
Algumas das canções estão em muito mau estado porque foram recuperadas do vinil, mas têm a vantagem de o ter sido a partir dos discos originais, aqueles que ouvíamos e gostávamos. Ora aqui vai a lista que seleccionei e agora é inabalável (e repare-se como, na altura, o som dos franceses rivalizava com o que se tornou dominante):
Oh Lady! – Les chats sauvages
Lonely, lost and sad – Sheiks
Le ciel est si beau ce soir – Richard Anthony
Chove – Conjunto académico João Paulo
Perdoname – Duo Dinamico
Derniers Baisers – Les chats Sauvages
Una lacrima sul viso – Bobby Solo
Johnny lui dit adieu – Johnny Holliday
Demain tu te marries – Patricia Carli
All my loving – Beatles
I can’t let Maggy go – HoneyBus
If you need me – Rolling Stones
Mr. Moonlight – Beatles
All my sorrows – Searchers
And I love her – Beatles
Happy together – Turtles
Tell me you are coming back – Rolling Stones
Le Penitencier – Jonnhy Holliday
Je suis parti – Christophe
Quand reviens la nuit – Johnny Holliday
La plus belle pour aller dancer (+ la la la) – Sylvie Vartan
Never my love – Association
Sounds of Silence – Simon and Garfunkle
Mrs Applebee – David Garrick
El final del verano – Duo Dinamico

terça-feira, setembro 05, 2006

A Guilhotina


Faltam uns 60 dias para o 21º Poço. Isto significa que temos de pôr mãos à obra, com estímulo e capacidade de mobilização semelhantes às que caracterizaram a festa que este domingo terminou, para presentear os nossos amigos com algo para além do dia bem passado.
Pensei num CD com algumas canções com que torturava o pessoal daquele tempo tocadas num giradiscos que parecia uma mala de viagem. É uma boa ideia, não é?
A verdade é que já está feita alguma coisa. Acabo de obter em guilhotina os papelinhos que idealizei para capa da nossa obra caracterizadora.
Não se admirem por ter recorrido a uma guilhotina. Não tem nada a ver com intenções relativamente aos membros da camarilha, apesar de entender que eles deviam ser julgados em praça pública pelo que nos têm destruído e planeiam destruir. Somos gente pacífica...
O recurso deveu-se ao facto de me ir evitar muitas horas de corte. Agora falta repetir a operação para a parte de trás onde estarão os nomes das canções. Bom, deem-me mais uns dias...

segunda-feira, setembro 04, 2006

Regressos

São cada vez mais estranhos estes regressos quando apreciamos estar em determinado local e a nossa capacidade de adaptação diminui. Parece que fica aquela sensação questionada de vazio: “mas quando poderei para lá voltar nas mesmas condições?”.
Agora, há que preparar o terreno para o reinício de actividade que começa com exames e preparação das primeiras aulas. Não é fácil. Há uma catadupa de coisas e algumas parecem exigir mais esforço mental do que aquele a que vimos habituados...
Começa, agora, também, uma espécie de contagem decrescente para o 21º Poço. Eu prometi um segundo volume escrito, mas não estou com disposição para o organizar e produzir. O CD com canções esse é provável que avance, só falta fazer o índice e, depois, carregar no botão para gravar exemplar a exemplar. Mas não me posso deixar desviar para estas coisas (tão cativantes)...

sábado, setembro 02, 2006

Fraude no Expresso do Central

O Expressso que hoje adquiri no Central não trazia o UNICA em saco de plástico e dele tinha sido retirado o cartão de descontos (vinhos, restauração, etc...).
Feita a reclamação junto do Nuno, o mesmo informou que nenhum suplemento tinha chegado em saco de plástico o que sugere que, em alguma área de centralização, alguém poderá ter desensacado o dito.
A ser verdade, podemos estar perante uma fraude envolvendo grande parte dos leitores oureenses deste semanário... Imaginem o que vai acontecer quando for a oferta dos DVDs.
A derrapagem

Esta estória da derrapagem que o Castelo nos traz, faz-me lembrar aquela a que vamos assistir, daqui a uns tempos, quando se constatar que a obra prima em construção não corresponde minimamente à funcionalidade exigida de uma autarquia concebida em moldes modernos e numa perspectiva de servir o povo...

quinta-feira, agosto 31, 2006

A grande festa vai começar



E o PedroL já estacionou lá ao pé. Foi uma grande surpresa, mas não vos desvendo as razões...

segunda-feira, agosto 28, 2006

Mas onde pára a Rita?

Toca o telefone.
- É de casa da Rita?
- Não, não é…
- Queira desculpar.
Venho para o blog. Antes, contemplei a lua a descer em crescente sobre os castelos.
Volta a tocar o telefone.
- É de casa da Rita?
- Não, não é. Já há pouco lhe disse…
- Queira desculpar, não voltará a acontecer.
Que chatos!
Venho para o meu retiro e não consigo um mínimo de isolamento.
Depois, desconfio destes telefonemas. Acho-os maliciosos. Parece que querem se saber se está alguém em casa…

quinta-feira, agosto 24, 2006

Postais do Cavalo de Ferro

Pouco a pouco, o PedroL vai mostrando postais, fotografias, vai fazendo descrições da viagem.
O seu relato é calmo contrariando os nervos que nos acompanharam ao longo destes dias. Fala-nos das pousadas que organizam visitas e caminhadas para os seus utentes, fala-nos na conservação do património das cidades por onde passou.
E nós vamos comparando, querendo fazer a analogia...
É impressionante! O que uns fazem para conservar as suas coisas (às vezes mais humildes que o nosso depósito) e o que, em Ourém, a camarilha faz para as destruir...
O regresso do Cavalo de Ferro



Finalmente, após 4 semanas de separação, numa manhã sem nevoeiro, o PedroL regressou ao seio da família. Apareceu, mal as portas do comboio abriram. Emoções contidas, sentimentos presentes, foi contando as peripécias da viagem, designadamente, aqueles casos de pessoas organizadas para sacar dinheiro a viajantes incautos.
Quem não pára de olhar para ele é a Pipoca. Cheirou-o, cheirou a bagagem, mas manteve sempre uma distância reservada para não pensarem que dava muita confiança a seres tão inferiores.
Quanto ao PedroL, o desejo é o de repetir no próximo ano com novos destinos. Mas, para lá chegar, há agora uma caminhada difícil a cumprir.

terça-feira, agosto 22, 2006

À espera do Cavalo de Ferro

Ourém está de novo longe.
Há coisas por fazer por aqui. Preparar testes, por exemplo... mas como vou conseguir voltar àquelas matérias? Que horror!
A nossa última referência ao Cavalo de Ferro foi em Florença. Daí ele seguiu até Roma, onde parou dois dias e tentou a passagem para Madrid ou Barcelona. Mas os astros não quiseram arranjar bilhetes e virou para Paris de onde garantiu o acesso a Madrid.
Entretanto, recordo Ourém. Aquela avenida está um caos. Estacionamento, camionetas a circular de um lado e do outro, carros parados atravessados a atranvacar o trânsito, choques em cima das passadeiras. Isto contrasta um pouco com a zona do Central, um pouco mais devotada ao aquecimento em forno de pedra e desertificação. Mas deixou saudade...

sábado, agosto 19, 2006

3 semanas 3

Foi este o espaço de tempo passado em Ourém, desta vez. Terminado, há que dizer que quase não dei por ele.
Foi uma espécie de retiro.
Fechado em casa, procedi a pequenos trabalhos de manutenção e pintalgação. A tarde era destinada à sesta e a noite à contemplação das estrelas, do castelo e do caminho para o mesmo já que, iluminados, ao longe, criavam um ambiente majestoso (?).
O dia começava pelas 6.30 com a Pipoca a dar os primeiros sinais de acordar e querer companhia activa. Raspava as portas até os seus amigos se levantarem. Nos dias de maior calor, o trabalho ia pela noite fora para compensar a tarde perdida.
Três semanas em que não senti o tempo passar e, no fim das quais, sinto, curiosamente, o esqueleto mais direito e o braço mais musculado. Uma maravilha…
Agora, vamos esperar o cavalo de ferro.
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