Manhã de Domingo (2)
Vou até ao café Ourém.
Nunca falei neste café no meu blogue. A verdade é que nunca fez muito parte de mim apesar de saber que é venerado por alguns oureenses. Respeito-o e respeito-os, mas digo que, há uns quarenta anos, por cima do Ourém, no local onde funcionava o Grémio do Comércio, disputei renhidas partidas de bilhar.
O Zé Honório ou o Miguel Valdemar controlavam e noite alta lá regressava por todo aquele caminho até à Rua de Santa Teresinha.
Hoje, no Ourém, abasteci-me de jornal e bica. O ambiente estava quente a contrastar com este dia cinzento, um pouco triste. Gosto dos dias cinzentos de Ourém. Mas os verdadeiramente belos são em Novembro, não em Agosto. E sei que o Luís Nuno partilhava este gosto comigo, tanta vez falámos nisso.
Embirro um pouco o café de marca que me foi servido: Buondy, Segafredo não têm para mim o sabor mais simpático. São demasiado agressivos, o seu gosto e o seu efeito estomacal perduram por tempo demais após a tomada de sabor.
Lá volto até ao carro. A avenida parece uma auto-estrada, carros a passar atrás de carros, mas Ourém parece uma terra sem vida, uma terra de passagem.
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