O Parlamento Europeu em 2000 caracteres (+ ou -) por semana
Outubro-II
Por Sérgio Ribeiro
No plenário deste final de Outubro, em Estrasburgo, aconteceu algo de inesperado, talvez histórico.
Ao contrário do previsto, e do que aqui prognostiquei, as coisas encaminharam-se para que a Comissão Europeia, que já tinha um Presidente – Durão Barroso – não fosse aprovada no Parlamento Europeu. Pelo que DB – ou JMB para “europeu” ver – retirou a proposta que iria ser chumbada. Ficou um presidente de uma comissão sem ter comissão…
Porquê?
É preciso lembrar que em Julho, quando DB foi proposto ao PE para Presidente da Comissão, houve 251 votos contra e 44 abstenções. Porque os deputados do grupo Esquerda Unida, dos Verdes, alguns do Partido Socialista Europeu, quiseram assim manifestar que estavam contra a política que DB personifica e interpreta. Não chegou para o chumbar, mas foi significativo. Importa dizer que, em nome de uma solidariedade nacional, os socialistas portugueses votaram a favor de DB.
Agora, quando apresentou a “sua” equipa, que mudou?
Aos que continuariam a votar contra pelo que DB representa e iria interpretar na prática, juntar-se-iam outros que encontraram, na composição da equipa, motivos para estar contra ou até para se indignarem em nome de valores e direitos humanos. Numa convergência pontual, juntar-se-iam, aos que tinham votado contra em Julho, os restantes socialistas e 2/3 dos liberais.
Significativo momento que terá várias interpretações e consequências.
Não me vou deter nelas – estas crónicas têm a medida dos 2000 caracteres… – mas quero sublinhar que, tal como em Julho, considerei absolutamente despropositado falar em “orgulho nacional” para aceitar ou saudar a eleição de um português para um cargo político com as características da presidência da Comissão, sendo a escolha feita como e por quem é, também agora não teria qualquer sentido dizer que esta derrota de DB – o único indiscutível resultado objectivo do que se passou –, significa uma “vergonha nacional”.
Esta procissão ainda vai no adro…
Outubro-II
Por Sérgio Ribeiro
No plenário deste final de Outubro, em Estrasburgo, aconteceu algo de inesperado, talvez histórico.
Ao contrário do previsto, e do que aqui prognostiquei, as coisas encaminharam-se para que a Comissão Europeia, que já tinha um Presidente – Durão Barroso – não fosse aprovada no Parlamento Europeu. Pelo que DB – ou JMB para “europeu” ver – retirou a proposta que iria ser chumbada. Ficou um presidente de uma comissão sem ter comissão…
Porquê?
É preciso lembrar que em Julho, quando DB foi proposto ao PE para Presidente da Comissão, houve 251 votos contra e 44 abstenções. Porque os deputados do grupo Esquerda Unida, dos Verdes, alguns do Partido Socialista Europeu, quiseram assim manifestar que estavam contra a política que DB personifica e interpreta. Não chegou para o chumbar, mas foi significativo. Importa dizer que, em nome de uma solidariedade nacional, os socialistas portugueses votaram a favor de DB.
Agora, quando apresentou a “sua” equipa, que mudou?
Aos que continuariam a votar contra pelo que DB representa e iria interpretar na prática, juntar-se-iam outros que encontraram, na composição da equipa, motivos para estar contra ou até para se indignarem em nome de valores e direitos humanos. Numa convergência pontual, juntar-se-iam, aos que tinham votado contra em Julho, os restantes socialistas e 2/3 dos liberais.
Significativo momento que terá várias interpretações e consequências.
Não me vou deter nelas – estas crónicas têm a medida dos 2000 caracteres… – mas quero sublinhar que, tal como em Julho, considerei absolutamente despropositado falar em “orgulho nacional” para aceitar ou saudar a eleição de um português para um cargo político com as características da presidência da Comissão, sendo a escolha feita como e por quem é, também agora não teria qualquer sentido dizer que esta derrota de DB – o único indiscutível resultado objectivo do que se passou –, significa uma “vergonha nacional”.
Esta procissão ainda vai no adro…
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