Um movimento cívico para Ourém
Por Alma
Sem lá ter jogado à bola, ao berlinde, ou à "apanhada", também guardo esta casa como uma das já "poucas" recordações de infância que compõem o nosso ser.
Mais do que uma recordação "ainda viva" esta casa acaba por pertencer-nos, a todos nós, Ourienses, que nela assumem o legado e património da memória colectiva.
A memória colectiva, o património histórico, "o passado", não podem ser "derrubados" por uma qualquer "buldozer", despacho administrativo ou judicial, decisão camarária...
Se há que deitar abaixo são duas coisas.
Uma física. Os prédios que naquelas ruas, contíguas e paralelas, deixaram construir. Qual progresso de uma sociedade moderna? Antes a "tacanhez" de autoridades e gentes locais...
A segunda. Derrubar, vencer, "tirar" da autarquia, aqueles que ainda "lá moram" e permitiram que esta "aldeia" (a de Castela, como a dos Álamos), ficassem descaracterizadas.
Mas há uma coisa que podemos fazer nascer.
Um movimento cívico de defesa do património histórico, cultural, social, que ainda resta no nosso concelho.
Um movimento que "grite" pelas pedras das casas que urgem ser recuperadas. Um movimento que saiba assumir o legados dos "nossos". Um movimento que defenda a nossa identidade cultural... antes que seja tarde...
Sem comentários:
Enviar um comentário