domingo, novembro 21, 2004

O Pombo do Metro

Voa um pombo aflito
Na estação de metro perdido
Vem ao meu encontro assustado
Continuo o caminho, passo apressado

Não me quero recordar
Do cinzento a contrastar
Com o seu ar ternurento,
Do seu medo, do seu lamento

Pobre bichinho
Por quem sinto carinho
Cúmplice na procura dum caminho

Mas quase loucos, sem parar,
Esvoaçamos, caminhamos,
continuando no mesmo lugar...


Ana Prata

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