quarta-feira, novembro 24, 2004

Um orçamento sem alma
Não digo que seja um mau orçamento.
Não digo que não sirva os interesses das gentes de Ourém.
Não digo que não responda a alguns grandes problemas.
Não digo que não vá apoiar o desenvolvimento.
Não digo que não seja rigoroso.
Alguns posts sobre esses aspectos ficarão para amanhã ou depois.
Digo, sim, que é um orçamento sem alma. Sem orientação estratégica. De um lado, umas palavras do presidente, uma análise da conjuntura internacional e nacional e uma análise Swot. Do outro um conjunto de rubricas e uns números.
O que é que liga essas rubricas e esses números às oportunidades, às ameaças, às fraquezas? Nem uma palavra sobre o assunto.
Isto indica que este orçamento parece ter tido um grupo que tratou do paleio e outro que tratou da parte mais operacional. A interactividade entre estes dois níveis terá sido muito baixa. Possivelmente, o orçamento é igual ao do ano passado com mais qualquer coisa.
A grande ausência da definição estratégica é com certeza um óbice potente à sua eficácia: gasta-se (muito) por gastar...

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