terça-feira, abril 12, 2005



Ourém precisa de mudança no poder autárquico (4)

Aproximam-se as eleições autárquicas e a concelhia de Ourém do PCP, com a força que tem, prepara-se para essa próxima luta eleitoral.
Parecerá talvez exagerado, no começo de Abril, escrever-se que se aproximam eleições que, habitualmente, são no final do ano, embora neste ano de 2005 se antecipem para Outubro.
Mas não o é, ou melhor, não o pode ser porque, a todo o momento, se sente que as chamadas “máquinas partidárias”, particularmente as concelhias, estão em grande actividade para prepararem essas eleições.
O PS-Ourém apresentou já o seu candidato a presidente da Câmara, José Manuel Alho, figura que tem prestígio fora da área político-partidária; pelo nosso lado, do PCP-CDU, apresentaram-se os nossos objectivos, traduzidos na necessidade de mudança no poder autárquico e no que se pensa ser o nosso insubstituível contributo na actual relação de forças existentes: o regresso de Sérgio Ribeiro à Assembleia Municipal,
contribuir para uma vereação em que haja oposição
.

Estamos certos que alguns oureenses desejam e acham necessária a mudança…
… e, na leitura política que o PCP-Ourém faz da situação, essa mudança passa pela concretização desses seus objectivos.
Objectivos não, evidentemente, isolados do que outras forças políticas fizerem, daquilo que seja também o seu contributo para que haja mudança a sério, real, e não só de nomes ou de “arranjo” dentro das mesmas política.
A mudança tem de ser de políticas e não de políticos. Ou seja, têm de se mudar de “políticos” para que as políticas sejam diferentes.
O que está a acontecer no PSD é muito significativo. Mantendo-se a força com maior expressão eleitoral no concelho, graças a uma muito bem montada teia ou rede de influências e de compromissos, as divisões surdas ao nível dos dirigentes, que se arrastam há anos, parece estarem em ponto de ebulição com a proximidade das autárquicas.
Também a situação do partido no plano nacional não ajuda à pacificação local, concelhia, antes acirra essas divisões surdas, latentes, esses “jogos de poder”.
Alguns episódios chegam a atingir o caricato, como a escolha de delegados ao congresso em que houve listas, disputa interna, e eleições secretas para delegados.
Para nós, com o nosso entendimento da democracia, que privilegia o confronto directo, as escolhas olhos nos olhos, e a quem querem obrigar a votações secretas, tudo isto é aberrante.
Por este caminho, as decisões ao nível familiar (e um partido é, de certo modo, uma “família” formada por afinidades político-ideológicas), terão de ser tomadas por voto secreto por exemplo quanto ao orçamento familiar, aos nomes e escolas dos filhos, ao local das férias, a mudança de residência, etc.
Nesta batalha política que se aproxima, a concelhia de Ourém do PCP, na defesa dos interesses dos trabalhadores e das populações, está, como em todas, com a CDU, coligação com o Partido Ecologista os Verdes, a associação cívica Intervenção Democrática, com todos os independentes que, sem preconceitos, estejam de acordo com o nosso projecto autárquico e com os nossos objectivos.

Sérgio Ribeiro de volta à Assembleia Municipal
Uma vereação em que haja oposição

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