SONETO SOBRE LEIRIA
Minha terra velhinha! Assim te quero,
Ente as olhalvas frescas, pequenina,
Teu Lis saudoso, teu castelo em ruína,
Teu ar de monja, tímido e severo.
Assim te represento e te venero,
Te possuo em minh'alma e na retina.
Deixei-te muito cedo, porque é sina
Fugir de quem mais amo e mais espero.
Ela me arrasta, força e descaminha,
Mas não me esqueces, terra doce e triste,
Vetusta jóia de precioso engaste.
Em cada pedra tua, em cada ervinha,
Quantas vezes comigo tu sorriste
E, só porque eu chorava, tu choraste!
Acácio de Paiva
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