Urqueira
Escudo de vermelho, dolmen de ouro realçado de negro, entre dois pinheiros de prata, arrancados do mesmo e frutados de verde; em contra-chefe, três coticas ondeadas de prata e azul. Coroa mural de prata de três torres. Listel branco com a legenda a negro em maiúsculas : " URQUEIRA".
É a terra do velho amigo Amândio do Colégio Fernão Lopes, aquele que ia e vinha todos os dias de bicicleta
Sobre a mesma, encontrei esta interessante resenha histórica:
Escudo de vermelho, dolmen de ouro realçado de negro, entre dois pinheiros de prata, arrancados do mesmo e frutados de verde; em contra-chefe, três coticas ondeadas de prata e azul. Coroa mural de prata de três torres. Listel branco com a legenda a negro em maiúsculas : " URQUEIRA".
É a terra do velho amigo Amândio do Colégio Fernão Lopes, aquele que ia e vinha todos os dias de bicicleta
Sobre a mesma, encontrei esta interessante resenha histórica:
Freguesia desanexada de Olival em 1928, revelou-se no último quartel deste século como uma região de grande importância arqueológica, tendo vindo a merecer uma atenção especial por parte de diversos estudiosos que não hesitam em considerá-la uma das freguesias historicamente mais ricas do concelho.Via Distritos de Portugal
A antiguidade milenária desta terra é atestada pela própria toponímia - Vale das Antas e Urqueira (Orqueira - Orca) - apontando para a existência na localidade de túmulos sepulcrais de eras pré-históricas.
Indiciando isso mesmo, temos ainda a carta de Couto passada por D. Afonso Henriques ao Mosteiro de Santa Maria de Tomaréis, na qual o monarca se refere claramente a uma “mamoa” que por ali se encontrava: “Vadit ad mamonam vertente acqua quomodo vadit ad orcariam”. Na actualidade parece não haver grandes dúvidas de que as terras de Urqueira abrigaram uma “civilização megalítica”, podendo mesmo já serem habitadas em finais do Eneolítico.
É pelos finais do reinado de D. Afonso Henriques que se dá a primeira tentativa de povoamento de "Orqueira", outorgando-se em 1180 uma carta de povoação, mas apesar dos maiores esforços dos frades de Tomaréis no sentido de desbravar o denso matagal, nada se conseguiu. Nova tentativa e coroada de êxito, é feita por D. Dinis em 1299 mas agora entregando o lugar para povoar a Martim Lourenço de Cerveira, tornando-se este o fundador do actual lugar de Urqueira. Na carta passada por D. Dinis referia-se expressamente que Martim Cerveira possuiria a povoação “durante toda a sua vida como donatário, obrigando-se a revertê-la à coroa após a sua morte,
com todas as suas benfeitorias”.
Aqui nesta freguesia, no lugar do Estreito, passou-se há 300 anos um episódio que ficou nos anais da região e que foi dado a conhecer por Frei Agostinho de Santa Maria no seu “Santuário Mariano”. O conde de Castelo Melhor, D. Luís de Sousa e Vasconcelos, também primeiro ministro de Afonso VI, após ter perdido o valimento junto do novo monarca, D. Pedro II, irmão do anterior, a quem depôs, fugiu disfarçado acabando por encontrar refúgio nesta aldeia.
Algum tempo decorrido, três cavaleiros provenientes de Lisboa, de passagem por ali, surpreenderam-no quando acompanhava um lavrador que conduzia uma carrada de mato. Ao notar o interesse que os cavaleiros mostravam por si, afastou-se sorrateiramente, seguido pelo lavrador, que descarregou sobre ele todo o mato que transportava, frustrando assim os intentos dos cavaleiros que acabaram por se afastar.
Saído do esconderijo, D. Luís atribuiu o caso à intervenção de Nossa Senhora do Testinho, de cuja imagem, oferecida pelas religiosas de Santo Alberto de Lisboa, jamais se apartava. O conde fugiu do País, mas, quando anos mais tarde regressou, quis pagar a dívida contraída com Nossa Senhora do Testinho, ao defender-lhe a vida no esconderijo do Estreito.
Então, como conta o “Santuário Mariano”, o conde “mandou levantar neste sítio uma ermida a Nossa Senhora, e nela mandou colocar uma imagem sua de madeira estofada, com o Menino Deus sentado sobre o braço esquerdo, a qual faz de estatura três palmos e meio, compondo a ermida de todos os ornamentos necessários, consignando renda própria para a sua fábrica”. Além de entronizar a imagem na ermida, o conde mandou gravar uma inscrição em latim, evocativa, e do ano de 1687.
O outro templo de culto da freguesia é a Igreja Paroquial de Nossa Senhora da Piedade, com nave coberta de tecto de madeira e a capela-mor abobadada. No trono, dentro de uma maquineta, está a imagem da padroeira, bonita escultura de madeira do princípio do século XVIII.
Nossa Senhora da Piedade é o orago da freguesia de Urqueira, sendo o segundo Domingo de Agosto o dia destinado à sua celebração.
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