quarta-feira, dezembro 28, 2005

A Câmara de Ourém e a eficiência da utilização de recursos

Em Novembro de 2005, o ISEG publicou um estudo sobre a eficência relativa do governo local.
Nesse documento é avaliada a eficiência da despesa pública da gestão municipal portuguesa em 2002, usando a Data Envelopment Analysis (ver aqui, aqui e aqui) para calcular indicadores da eficiência de input e de output para as 278 municipalidades portuguesas situadas no continente. A análise é executada aglomerando municipalidades nas cinco “regiões" definidas para finalidades estatísticas de acordo com a nomenclatura portuguesa de unidades territoriais com o nível II de desagregação (NUTS II): Norte, Centro, Lisboa e Vale do Tejo (LVT), Alentejo e Algarve.
O município de Ourém foi considerado neste estudo integrado na região de Lisboa e Vale do Tejo da qual fazem parte 51 municípios.
Em termos de eficiência de inputs, Ourém situou-se em 16º lugar com um valor de 0.688 o que significa que poderia ter conseguido o mesmo resultado com menos 31,2% de recursos despendidos.
Em termos de eficiência de outputs, a situação de Ourém é catastrófica: um vergonhoso 46º lugar para um indicador de 0,283 que significa que, na nossa terra, o município está a produzir menos 71,7% do que o que poderia fazer com os recursos utilizados.
Esta conclusão reforça a nossa ideia de que a gestão do município desperdiça os seus recursos de uma forma que pode estar a beneficiar redes de interesses organizados...

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