sábado, agosto 12, 2006

O creme de barbear

"Não há oureense que se preze
Que não use para a barba Gilette"
Esta máxima, em centenas de versões, é conhecida há mais de trinta anos. Fiel à mesma, utilizo sempre, como creme de barbear, o de marca Gilette. Gostava da sua espuma que me fazia lembrar o ritual de passagem pelas barbearias noutros tempos e o escanhoar era fácil.
Há tempos, notei a sua falta no hiper habitual. "Mas que é isto? Só há espuma, lá estão eles a querer comandar os nossos consumos". Isto aconteceu várias semanas, pelo que em idas a supermercados, andava sempre de olho alerta à procura do desejado creme de barbear. E eis que, no Intermarché de Ourém, deparei com algumas embalagens que logo tratei de açambarcar...
Comprei novas máquinas, daquelas branquinhas e amarelas que dão para mais de trinta vezes sempre com a mesma suavidade e vêm todas num saco.
“Agora é que vai ser…”.
Mas o primeiro barbear deixou-me desiludido.
“Raios. Parece que a máquina não consegue tirar o creme…”.
Experimentei várias máquinas e dava tudo o mesmo. Barbear imperfeito, o creme ficava na cara.
“Estas máquinas não prestam para nada. Como me vou agora livrar disto tudo se ainda tenho tantas? O melhor é levar duas para Ourém…”.
Assim foi. Duas das novas máquinas vieram para a santa terrinha e aqui foram utilizadas com o resto de um creme que já nem sabia a idade embora de embalagem semelhante aos adquiridos. Curiosamente, o escanhoar foi suave e perfeito.
“E esta, hem? Lá fui, de novo, embarrilado
O creme de barbear Gilette anda falsificado…”

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