As festas de Nossa Senhora da Piedade
Os meus amigos podem não acreditar.
Mas estava desejoso de saborear a Mónica de Sintra.
Assim, por volta das onze, estacionei perto da casa do Cúrdia e percorri a curta distância até ao adro da Igreja.
Perto do Central, espreitei a ver se estava por lá helvética criatura, mas nada descobri.
Daí a pouco, encontrava-me no meio da animação.
Pessoas que comiam pão com chouriço.
Outras atiravam bolas contra um conjunto de latas.
Havia quem comprasse farturas.
Mais à direita, notava-se um palco com instrumentos de som.
A Mónica ainda não actuava, mas alguém se referia à carreira dela, aos seus êxitos, às suas qualidades como cantora.
Como já referi, aprecio sobremaneira estas divas: a Ágata, a Romana, a Ruth e a Mónica.
E eis que surge a oportunidade de ver a Mónica. O apresentador deixa em suspense a sua entrada. Ela, a maior, a minha diva... parece-me de azul, cor da esperança.
Mas é uma desilusão. O palco está mal arrumado. Não consigo ver nada. Só um pequeno núcleo de pessoas do lado direito vê alguma coisa. Isto é que são festas para os fiéis?
Deseperado, procuro novo lugar de onde a possa ver melhor. Mas não consigo. E ela grita, esganiça-se, sabendo que estou ali para a ouvir...
Noite de desilusão...
Todos os anos assisto a festas deste género. Por exemplo, em Vila Real de Santo António. O espaço não é muito maior. E eu consigo ver, apreciar o artesanato, examinar livros, ouvir, estar sentado e consumir qualquer coisa...
Em Ourém, estranhamente, não.
Será que alguém julga que Nossa Senhora da Piedade aprecia estas festas que não chegam a todos os fiéis?
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