Poços
Entrávamos pelo caminho estreito frente ao antigo hospital, ao lado da casa do Dr. Durão. Íamos por ali abaixo...
Ao fundo, perto do sítio onde hoje se situa o Centro de Negócios, um conjunto de lavadeiras partilhava um tanque e águas em comum no meio de vegetação luxuriante.
Havia conversas, cantigas, risos, qual aldeia da roupa branca.
Passei por lá algumas vezes à espera de alguém que já não recordo. A vegetação atraía insectos. Eu ouvia, via, ria-me. Até que o diabo do bicharoco começou a enervar-me.
Era uma espécie de helicóptero que se mexia a uma velocidade tremenda. As pessoas chamavam-lhe tira-olhos o que me irritou ainda mais pois dava-me a impressão que ele vinha na minha direcção antes de fazer abruptamente uma mudança.
Escapei ao ataque...
Mas, há dias, passei por um local que me fez recordar as horas ali passadas. Não tem a vegetação, não tem o ambiente, mas, no mesmo momento, já lá encontrei um Mercedes e uma carroça com o respectivo jumento.
Às portas de Ourém, há, assim, algo que me lembra a Ourém da nossa juventude.
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