quinta-feira, setembro 08, 2005

O canito

Há dias circulava por Fátima.
Ainda tinha na memória uma cena passada aqui pela Parede e que se traduz na impunidade com que aqueles meninos a quem se não pode dizer nada sob pena de sermos imediatamente acusados de racismo ou xenofobia se passeiam com o famoso pitbull, ameaçando o pacato cidadão e, no caso em causa, fazendo-o perseguir as galinhas do parque o que levou à morte de uma sob o olhar aterrorizado dos presentes.
Pois estava eu com esta recordação bem viva junto aos semáforos que dão acesso à estrada de Alvega quando ao meu lado parou uma furgoneta da Câmara com várias jaulas e um canito dentro de uma delas. Grande troféu.
O pobre bicho cujo único mal era gostar da liberdade de por aí andar nem sabia ao que estava condenado. Ladrava. Imaginem o serviço público que aquela furgoneta estava a prestar. Ao que parece ia levá-lo para um sítio onde nem condições existem para o receber. É assim mesmo, senhor presidente!

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