O post Fumo Branco recordou-me um livro em que Rosa Luxemburgo desancava nas teses de Bernstein de acordo com aa quais se poderia caminhar para o socialismo através de reformas, discussão que já tem mais de um século.
A autora apresenta três fundamentos da nova sociedade: a anarquia da produção capitalista, o carácter cada vez mas social da produção e a tomada de consciência pelo proletariado do seu papel revolucionário.
O mundo não mudou tanto assim. Os dois primeiros fundamentos mantêm-se, o processo de tomada de consciência parece que tarda. Na China, mesmo uma revolução cultural, conseguiu muito pouco.
É por isso que a existência de um partido forte que lute contra o capital e sistematicamente reveja as suas origens, a qual se pode traduzir em passos importantes para uma sociedade mais justa, pode ajudar a essa tomada de consciência. As reformas conseguidas nesse processo, cujos contornos e dinâmica já foram referidos, podem assim ser consideradas reformas revolucionárias (e tão presentes que estiveram no Portugal de Abril!), eliminando assim a aparente contradição reflectida no texto mencionado.
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