A resposta que tivemos a esta questão, reduzida aos comentários do Joca e do Otelo, não é muito esclarecedora, aliás permite uma conclusão difusa.
Para Joca, a actividade da Câmara é anedótica, dando o exemplo de um deficiente que, nem com a ajuda de um intermediário, consegue ser atendido. A sua descrição lembra-me um caso testemunhado por um daqueles noticiários televisivos em que mostraram uma pessoa numa cadeira de rodas, alguns metros acima de uma estrada e a quem foi destruída a respectiva serventia. Infelizmente, a aplicação cega de decisões é muitas vezes comum a nível autárquico.
Na minha perspectiva, a adaptação à mudança tambem é muito lenta nestas organizações. Por outro lado, a capacidade para ser um agente da mudança também é muito fraca e prejudicada pelo interesse em que as coisas permaneçam como estão, pois são essas condições que facilitam a manutenção do domínio.
Mas o comentário de Otelo é extremamente esclarecedor. Por mais que nos custe acreditar dado o que vemos a toda a hora, a actividade da Câmara é essencial para que exista um pouco de ordem nisto pelo que há que considerar que ela fornece serviços de utilidade de que há uma aceitação geral sobre a sua necessidade.
Nestas condições, podemos colcluir que o grau de pertença da nossa Câmara ao conjunto das organizações relevantes é de 50%.
Mas esta conclusão indicia uma outra: é que, se ela não se transformar para servir efectivamente as necessidades da população e para se adaptar à mudança, ela continuará por muito tempo a ter um grau de pertença de 50% ao conjunto das irrelevantes.
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