sexta-feira, outubro 07, 2005

Um convite à Reflexão

Amigos oureenses, antes de decidirem o sentido do vosso voto por um candidato que pode ter a ver com as forças que tradicionalmente têm apoiado, ou que pensam que vai ganhar, ou que vos promete subsídios e menos impostos, deixo-vos um convite à reflexão.
Pensem na Ourém de outros tempos, aquela que foi vivida pelos vossos pais e pelos vossos avós, aquela que sentiram na vossa juventude, as suas ruas, os seus jardins, as suas escolas. Pensem no ambiente amigável e de entreajuda que existia por todo o lado, na vivência lúdica das ruas onde se podia caminhar, brincar, enfim viver.
Comparem essa Ourém com a que têm. Grande parte dos elementos que caracterizavam a nossa terra, o nosso concelho, sob a responsabilidade da autarquia ou com a conivência dela, foram destruídos, ou deixados ao abandono. Não podemos caminhar pelas nossa ruas porque elas foram dedicadas à circulação automóvel e não ao peão. Não podemos desfrutar os jardins que tínhamos porque os mesmos foram destruídos e substituídos por pedra sem sentido ou por outros bem mais pobres. Algumas belos imóveis foram destruídos. Outros preparam-se para o ser. Será que algum oureense já se imaginou a viver sem o depósito e sem a fileira de casas até àquela onde o Toná muitas vezes frequentava para almoçar? Será que algum oureense apoia a destruição do que resta da aldeia de Castela? Meus amigos, isto é o contrário do que fazem noutras localidades. Olhem como o velho mercado de Tavira foi restaurado e reconvertido para novas funções e ali está cheio de força numa terra cujas ruas continuam estreitas e onde as velhas casinhas resistem.
Mas a Ourém de hoje não se esgota nos monumentais ataques à materialização da recordação da antiga. Imaginem que necessitam dos serviços da Câmara. Não sentem um calafrio só de pensar, no atendimento, nos tempos de espera, na insegurança de, apesar de terem cumprido todos os requisitos, a vossa pretensão ainda ir a despacho ao presidente? Que pode dizer que não...
Pensem na riqueza agrícola que ser perde anualmente, na completa ausência de prevenção relativamente a fogos florestais que caracteriza o poder actual tão preocupado em atribuir subsídios às vítimas...
Pensem na total ausência de estímulo protagonizado pela nossa Câmara relativamente ao desenvolvimento económico equilibrado do concelho e que quando surge está enviezado pela necessidade de apoiar os mais poderosos. E lá vem o parque de Negócios de Fátima, o tal que dizem criará mais 5000 postos de trabalho, eventualmente depois de se traduzir na ruína de uns milhares de pequenos e médios comerciantes...
A candidatura da CDU assenta em quatro elementos fundamentais:
1) respeita e preserva a terra que recebemos dos nossos pais e dos nossos avós o que fará que agressões como as que caracterizaram o actual poder nunca mais sejam possíveis, se formos eleitos e compromete-se a devolver aos oureenses tudo o que os sem-amor destruiram e for recuperável;
2) é amiga dos jovens e da cultura pelo que contempla acções, financiamentos, estágios que os poderão apoiar em termos de enriquecimento em matéria de conhecimento e em momento de inserção no mercado de trabalho;
3) procura acelerar o desenvolvimento económico através da utilização de novas tecnologias na garantia de visibilidade aos serviços e produtos do concelho pelo desenvolvimento dos portais do turismo, do móvel, do medieval e de outros produtos considerados relevantes e de qualidade para o concelho;
4) pretende alterar a maneira como a Câmara funciona, modificando a cultura da organização em ordem a ver no munícipe o sentido da função e não um estorvo e descentralizando parte dos serviços para a freguesia e até para casa do munícipe através da utilização de sistemas de informação e comunicação.
Pelas razões avançadas e por muitas outras que nem interessa explicitar para não tornar este documento excessivamente longo, pedimos o vosso voto na convicção de que a nossa candidatura (CDU) é a que melhor pode servir os interesses da nossa terra, do nosso concelho, eliminando um falso desenvolvimento centrado no grande capital e assente no compadrio e clientelismo.
Por isso, não hesitem: no próximo dia 9 de Outubro, o voto certo é na CDU!


Publicado no Ourém e seu Concelho

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