Estádio Municipal de Fátima
Tem vindo a ser produzida uma interessante polémica no Castelo a propósito do chamado Estádio Municipal de Fátima.
Se nada temos a dizer relativamente à designação, tão legítima como se fosse Estádio Municipal de Seiça ou de Nª Senhora da Piedade, já temos, todavia, dois elementos que podem levar-nos a reflectir sobre a acção dos nossos autarcas.
O primeiro tem a ver com a utilização do estádio. Ele destina-se ao CLUBE Desportivo de Fátima que pretende disputar um lugar na liga de honra e cujos desportistas são na sua totalidade profissionais que auferem, mensalmente, largos milhares de euros. Não aceito esta alocação de um recurso municipal. Este devia ser atribuído aos munícipes não para fazerem desporto de bancada, mas, para eles próprios, o praticarem. Neste contexto não se vedaria a utilização pelo CDF, mas este clube deveria pagar pela utilização do estádio. Aliás, conhecendo como conheço os fatimenses, não tenho a menor dúvida que o CDF se vai portar como monopolista e ninguém mais poderá utilizar o estádio. Justificar-se-ia assim completamente o princípio utilizador – pagador.
Em segundo lugar, qualquer obra colectiva corresponde a uma aplicação de recursos que, dizem os economistas, são escassos. Isto é, ao se gastar determinado montante no estádio, o mesmo não vai ser gasto noutras finalidades. E existirão elas? Creio que sim. A assistência à saúde no concelho de Ourém é extremamente deficitária, deveria ser melhorada. Por outro lado, gastando-se aqui os recursos, continuaremos a depender de beneméritos tipo Intermarché para solucionarem problemas como os da tendência para acidentes na Corredoura. E a biblioteca? Sempre a biblioteca... nem tem uma página na NET.
Tem vindo a ser produzida uma interessante polémica no Castelo a propósito do chamado Estádio Municipal de Fátima.
Se nada temos a dizer relativamente à designação, tão legítima como se fosse Estádio Municipal de Seiça ou de Nª Senhora da Piedade, já temos, todavia, dois elementos que podem levar-nos a reflectir sobre a acção dos nossos autarcas.
O primeiro tem a ver com a utilização do estádio. Ele destina-se ao CLUBE Desportivo de Fátima que pretende disputar um lugar na liga de honra e cujos desportistas são na sua totalidade profissionais que auferem, mensalmente, largos milhares de euros. Não aceito esta alocação de um recurso municipal. Este devia ser atribuído aos munícipes não para fazerem desporto de bancada, mas, para eles próprios, o praticarem. Neste contexto não se vedaria a utilização pelo CDF, mas este clube deveria pagar pela utilização do estádio. Aliás, conhecendo como conheço os fatimenses, não tenho a menor dúvida que o CDF se vai portar como monopolista e ninguém mais poderá utilizar o estádio. Justificar-se-ia assim completamente o princípio utilizador – pagador.
Em segundo lugar, qualquer obra colectiva corresponde a uma aplicação de recursos que, dizem os economistas, são escassos. Isto é, ao se gastar determinado montante no estádio, o mesmo não vai ser gasto noutras finalidades. E existirão elas? Creio que sim. A assistência à saúde no concelho de Ourém é extremamente deficitária, deveria ser melhorada. Por outro lado, gastando-se aqui os recursos, continuaremos a depender de beneméritos tipo Intermarché para solucionarem problemas como os da tendência para acidentes na Corredoura. E a biblioteca? Sempre a biblioteca... nem tem uma página na NET.
Outra alternativa, é visível na pobreza em matéria de articulação das nossas freguesias e da Câmara Municipal em termos de sistemas de informação e comunicação. Quem quiser comunicar com esta tem de deslocar-se a Ourém com custos e perdas de tempo. Seria muito mais proveitoso ter desenvolvido gabinetes de apoio ao munícipe pelas freguesias que, articulados em rede com a Câmara e eventualmente com as Finanças e o registo predial, permitissem a submissão de processos, a sua consulta e inclusivamente a recepção de resposta, tudo isto devidamente apoiado em pessoas. Aliás, não sei se não seria mais proveitosa a descentralização dos serviços da Câmara pelas freguesias do que a sua concentração em novo edifício. Esta descentralização seria apoiada em tecnologias de informação e comunicação, procuraria suprimir o suporte papel e, como tal, não levaria forçosamente à necessidade de contratação de mais pessoas...
Claro que é sempre discutível a utilização que se faz dos recursos, encontram-se sempre alternativas, mas onde vejo a miscelânea financiamento público + interesses privados tendo a travar.
Claro que é sempre discutível a utilização que se faz dos recursos, encontram-se sempre alternativas, mas onde vejo a miscelânea financiamento público + interesses privados tendo a travar.
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