Mas por que não vêm ao Ourem?
Vem aí o jantar do Castelo para o qual já anunciei a minha presença de compulsivo poluidor. E que vou lá fazer?
Tentar perceber...
Tentar perceber o segredo do êxito do Castelo e o da tristeza confrangedora que persegue este Ourem...
Por que razão o Ourem não tem as visitas e os comentários do Castelo?
Um post como o das contas do padre teria no Castelo para cima de 20 comentários. Aqui, nada...
Em contrapartida, um post disparatado sobre o aumento dos impostos gerou monumental controvérsia sobre a maior ou menor intervenção do Estado.
Não imaginam o esforço que é alimentar isto quase todos os dias.
Até certa altura, as palavras saiam em catadupa, perseguiam-me durante a noite, agora é cada vez mais difícil arranjar assunto e, quando surge uma ideia, organizo ciclos e parto as coisas aos bocadinhos.
Por vezes, penso em parar com o Ourem. Aliás, ele tem o fim à vista na reportagem sobre o Poço que se fará após cinco de Novembro. Que motivações haverá depois? Estou metido noutro projecto académico que me vai absorver muito tempo e concluí que esta fixação em blogs é um tanto prejudicial para a actividade normal especialmente se não consegue adesão.
Vou sair... é isso... vou-me embora.
Vem aí o jantar do Castelo para o qual já anunciei a minha presença de compulsivo poluidor. E que vou lá fazer?
Tentar perceber...
Tentar perceber o segredo do êxito do Castelo e o da tristeza confrangedora que persegue este Ourem...
Por que razão o Ourem não tem as visitas e os comentários do Castelo?
Um post como o das contas do padre teria no Castelo para cima de 20 comentários. Aqui, nada...
Em contrapartida, um post disparatado sobre o aumento dos impostos gerou monumental controvérsia sobre a maior ou menor intervenção do Estado.
Não imaginam o esforço que é alimentar isto quase todos os dias.
Até certa altura, as palavras saiam em catadupa, perseguiam-me durante a noite, agora é cada vez mais difícil arranjar assunto e, quando surge uma ideia, organizo ciclos e parto as coisas aos bocadinhos.
Por vezes, penso em parar com o Ourem. Aliás, ele tem o fim à vista na reportagem sobre o Poço que se fará após cinco de Novembro. Que motivações haverá depois? Estou metido noutro projecto académico que me vai absorver muito tempo e concluí que esta fixação em blogs é um tanto prejudicial para a actividade normal especialmente se não consegue adesão.
Vou sair... é isso... vou-me embora.
4 comentários:
"individualismo responsável" é coisa que não existe, o ser humano é um ser social por natureza, e convém lembrar que o caminho evolutivo das sociedades, com maiores ou menores atropelos será sempre o de aumentar as relações interpessoais a um nível muito maior que na actualidade (rumo ao socialismo não tenhamos dúvidas, há-de aconteçer). Subjacente ao meu comentário está por exemplo a consciência de que neste concelho a falta de liberdade democrática provocada por um clien telismo entranhado nos poderzecos políticos que se misturam e confundem com o poder empresarial resultam em que os trabalhadores em ourém sejam dos mais mal pagos do país, sejam vítimas dos despedimentos mais arbitrários e de perseguições que mostram a capacidade organizativa resultante desses poderes que dividem, confundem e diluem quaisquer formas que se mostrem capazes de lhes fazer frente. Sei reconhecer o individualimo responsável quando o vejo, sempre existiu e no entanto objectivamente tem produzido muito pouco, aliás o individualismo responsável será na melhor das hipóteses uma forma diferente de manter tudo na mesma. O castelo tem efectivamente o poder com os seus debates e divulgação de influir alguma coisa nos meedia locais, mas por alguma razão do blogue do Luís o mesmo não aconteçe, as razões são óbvias!
O caminho é uma participação maior nas organizações políticas, e não individualismos responsáveis ou outros aventureirismos como listas independentes e outros que tais.
O que é a sociedade? Não é feita das relações entre indivíduos? Se não acreditas no indivíduo responsável, não acreditas também em ti próprio, ou por outras palavras, o teu destino e para onde queres ir, nunca dependerá de ti próprio, mas sim, dos outros, da sociedade. Para ti, o partido e as organizações são mais importantes do que o indivíduo. É um ponto de vista. Quando dizes no 'caminho', 'rumo ao socialismo', o que é inevitável, um dia isso acontecerá, etc e tal. Pois isso, para mim é uma forma de superioridade moral. Coisa por qual eu não morro de amores.
Tens razão no que dizes sobre a superioridade moral, talvez tenha resultado de uma menor capacidade expositiva. Mas quando falo nas certezas sobre o rumo ao socialismo isso tem somente a ver com o facto de que questões que se levantam sobre o a relação entre as populações e os meios de subsistência que se levantam desde pelo menos o séc. XVII só encontraram verdadeiramente resposta no socialismo ciêntifico com os meios de produção ao serviço das forças produtivas. É muito fácil defender que se quer escolher o médico em que se quer ser tratado, ou a escola onde queremos educar os nossos filhos, é fácil quando temos dinheiro para pagar e quando essas instituições já estão criadas (pelos povos) e à "mão de semear" do grande capital ainda p'ra mais vulneráveis devido à implementação de modelos neoliberais que em nada estão preocupados com as repercussões que tais medidas terão na sociedade, medidas essas que já são bem notórias na progressiva elitização que se verifica no ensino superior. Não me alargarei sobre o neoliberalismo mas fica a pergunta como podes combater o crescente desemprego num modelo económico em que os maiores fluxos de capital são especulativos e não dependem do trabalho humano (vê o exemplo da PT que com lucros superiores a 400 milhões de euros despede mais de mil pessoas, tudo a bem dos accionistas)
Ainda sobre o papel das organizações políticas, e quando falo na falta de democracia no nosso concelho repara que quando pensamos que o PSD governa os nossos destinos há mais de 30 anos poderíamos pensar que há muito partido em Ourém, e o que é que verificamos? que não tem quadros qualificados, que a participação nas eleições da concelhia do partido não têm o mínimo de expressividade e nem sequer são democráticas (como se verificou cá e em Leiria o ano passado) e que o poder dentro deste partido está organizado de forma mafiosa (como o comprova a existência de duas listas ao congresso nacional de Pombal em que nada as distinguia) onde pessoas que vem incomodar com ideias democráticas são imediatamente postas de lado. Isto para referir que a falta de democraticidade devia começar logo por ser resolvida pelo partido que governa os destinos da autarquia porque dada a reliogisiade do voto mais rapidamente notaríamos diferenças. Obviamente que na oposição a situação é diferente e passa não por um renovar das estruturas mas sim por um reforço das mesmas.
Não tenhas dúvidas que se pensasse só em mim viveria mais confortavelmente, mas à noite quando chego ao fim de mais um dia a consciência está melhor que o corpo e não dá abébias a ansiolíticos.
Para acabar volto a repetir o que já te disse no blogue que ajudas a construir, tens feito um bom trabalho.
Separam-nos não só as concepções sobre o mundo mas talvez e sobretudo o que a elas nos levou.
Meus caros,
obrigado pela vossa solidariedade.
Quero dizer ao Fred que gosto muito do Castelo e do modo como ele é feito. Aliás, acho-o extremamente apelativo.
Também aprecio esta capacidade de luta e argumentação do Marco. Dirão que é demasiado enfeudada do ponto de vista ideológico, mas tem muitos aspectos válidos contrariamente ao que muitos pretendem. Por isso, apesar de ser extremamente liberal, vejo ali muitos dos meus fundamentos
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