Escudo de prata, duas matas de verde, floridas de sua cor, acompanhadas em chefe de uma flor-de-lis azul e em ponta de uma roda de azenha de púrpura. Coroa mural de prata de três torres. Listel branco, com a legenda a negro em maiúsculas : "MATAS - OURÉM".
O fitotopónimo Matas já por si é revelador da pronunciada mancha florestal que se abate sobre este território fértil. Banhada por várias linhas de água e com posição a poente do concelho, esta freguesia é uma das mais jovens do concelho, pelo que alcançou autonomia em 1984 por desanexação de Espite.
Das encostas vinhateiras, passando pelos pinheirais e até pelos extensos campos de milho, integra desde há muito uma verdadeira economia sustentada pelos proventos da terra. Disso são exemplo as azenhas e os moinhos de rodízio movidos pela força das águas que convidam à visita e, porque não, à compra de um saco de farinha transformada segundo preceitos artesanais? Mais se recomenda uma visita ao local em Setembro, por altura das desfolhadas.
Existiu em tempos uma capela em honra de N.ª Sr.ª do Patrocínio à qual se associa a lenda de que tendo a imagem da santa sido transferida para Espite, viria a aparecer nas Matas, repetindo-se tal aparição tantas vezes quantas a imagem fora levada para a então sede da freguesia.
O culto religioso viria ainda a ser materializado pela construção da capela de St.ª Quitéria em 1777 e da capela da Vesparia também no séc. XVIII; dois imóveis que hoje, embora com alterações, continuam a servir os crentes e a receber visitas. E se por um lado a devoção da população é antiga, a elevação canónica da freguesia era confirmada somente em 1993.
Matas partilha ainda com outras freguesias o belo cenário oferecido pelo Cabeço de Óbidos, que segundo o imaginário colectivo, estava destinado a acolher o castelo que acabaria por se alojar num morro em Ourém.
Via Sítio da casa amarela
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