domingo, julho 28, 2013

Tá tudo a dormir

Anda-se por Ourém e pouco parece sugerir que nos aproximamos das autárquicas agora que os candidatos principais estão apresentados. Parece que era importante marcar terreno antes das férias e depois... ir em paz.
Aqui ou ali, surgem elementos de propaganda que parecem já dizer qualquer coisa.
PS e PSD/CDS já mostram a sua pujança económica exibindo grandes outdoors em Pinhel, no corte para Seiça, perto do Zambujal e sei lá que mais. As sedes parecem vazias e não conseguimos receber propaganda de quem quer que fosse.
O MOVE é bem mais comedido com uma sede quase fora de cidade, junto ao Intermarché, sob a casa de Mestre Bernardino. Também parece não haver vivalma no seu interior... cartazes não vi.
A CDU fez a apresentação dos candidatos em Ourém e Fátima e já tem alguns cartazes bem mais modestos que os dos gigantões.
Nos jornais, algumas caras dos partidos e movimentos vendem o seu peixe em forma extremamente apologética: eles são muito bons, os melhores... os outros são o inferno, a incompetência, o irrealismo
Portanto, até Setembro, nada é de esperar, depois sim vem a grande animação até ao dia das desilusões...

sexta-feira, julho 26, 2013

Ganda Mick! 70 anos...

Fazemos uma pausa neste breve ressurgimento do OUREM... o apelo das férias é irresistível.
Esta canção lembra-me a Nazaré e os dias que lá passei com amigos alguns dos quais desapareceram. Embirrava com o Satisfaction, mas esta era uma maravilha. Dedicada ao Governo e a alguns autarcas, oiçam Get Off My Cloud com o som de estúdio:


I live in an apartment on the ninety-ninth floor of my block
And I sit at home looking out the window
Imagining the world has stopped
Then in flies a guy who's all dressed up like a Union Jack
And says, I've won five pounds if I have his kind of detergent pack

I said, Hey! You! Get off of my cloud
Hey! You! Get off of my cloud
Hey! You! Get off of my cloud
Don't hang around 'cause two's a crowd
On my cloud, baby

The telephone is ringing
I say, "Hi, it's me. Who is it there on the line?"
A voice says, "Hi, hello, how are you
Well, I guess I'm doin' fine"
He says, "It's three a.m., there's too much noise
Don't you people ever wanna go to bed?
Just 'cause you feel so good, do you have
To drive me out of my head?"

I said, Hey! You! Get off of my cloud
Hey! You! Get off of my cloud
Hey! You! Get off of my cloud
Don't hang around 'cause two's a crowd
On my cloud baby

I was sick and tired, fed up with this
And decided to take a drive downtown
It was so very quiet and peaceful
There was nobody, not a soul around
I laid myself out, I was so tired and I started to dream
In the morning the parking tickets were just like
A flag stuck on my window screen

I said, Hey! You! Get off of my cloud
Hey! You! Get off of my cloud
Hey! You! Get off of my cloud
Don't hang around 'cause two's a crowd
On my cloud

quinta-feira, julho 25, 2013

Imagens de estilo


Este governo está cheio de indivíduos portadores de forte imagem de estilo, não pelo que vestem, mas por alguns dos seus atos mais característicos. Facilmente encontramos:
- o homem da lambreta
- o homem das finanças
- o homem das cervejas
- a dama dos swaps
- o homem das estrelas
agora também coordenados por um vice que é também um verdadeiro SuperPortas à espera da sua kriptonite que, esperemos, não se descubra tarde.

quarta-feira, julho 24, 2013

Ingratos!

Alvaro dos Santos Pereira faltou à tomada de posse do novo Governo e, no final, o irónico Pires de Lima enalteceu a sua ação. O estômago do Álvaro não esteva para aguentar aquilo. Saiu o homem do seu conforto lá no Canadá para agora ser descartado sem qualquer delicadeza. Acho que o compreendo.
Mas quem mais lamentará a sua saída serão os pobres gatitos do Palácio da Ajuda que agora deixarão de ter um sítio privilegiado para descansar e serão alvo da ira do homem das cervejas que vai com certeza testar novos exterminadores. Como sabem o ministro Álvaro abriu as portas do Palácio a dezenas de felinos a quem distribuía boa comidinha. Só por isso merecia ter continuado…

Casting para «Os Três Mosqueteiros» chega a Ourém

Se Dumas viesse à nossa terra escolher bons intérpretes para esta famosa obra, não teria dificuldade se os procurasse entre os candidatos às autárquicas. Todos são peritos em representação, encenação e na arte de convencer os outros de que a sua mensagem é a melhor e a mais correta.
Sempre pronto a defender a sua dama, batalhando pela honra, Aramis seria bem representado por Frazão…
Gordinho, Fonseca teria necessidade de deixar crescer bigode, para se aproximar de Porthos. E o Atos, na sua melancolia, seria bem interpretado por Albuquerque.
Nem sequer nos falta a perturbante, perigosa e insinuante Milady. Ainda ontem falámos dela e da sua traição à causa de quase uma vida: lugar para a presidenta…
“Um por todos, todos por um”, esta, à imagem do país, não é a palavra de ordem dos candidatos, apostados em acirrar as sua divisões e de conduzir pequenos exércitos em batalhas intestinas. Mas falta-nos o mais valente, aquele que pode pôr na ordem todo este caos, aquele que defende o partido dos explorados e oprimidos. D’Artagnan em breve chegará às páginas do nosso blog interpretado pelo candidato jornalista.
E resolvido isto, perguntamos: mas quem poderá ser o Richelieu? O mediático Cardeal merece sem dúvida ser protagonizado pelo mais famoso dos militantes oureenses. Não perguntem a quem me refiro, todos sabem quem é, ele mesmo o sabe e, quando visitar as nossas páginas, reconhecer-se-á imediatamente…

Uma cunha no Tribunal Constitucional?

Alerta funcionários públicos e reformados!
O novo governo nada prenuncia de bom. Se até agora os juízes do TC fizeram abortar algumas das aberrações criadas pelo Governo, a proteção que a Constituição (elaborada e aprovada por uma maioria de esquerda e com votos favoráveis do PSD e contra do CDS) oferecia pode estar em causa pois ontem soube-se que recentemente um filho de Rui Manchete foi integrado naquele órgão de soberania.
Pouco a pouco, a Constituição deixa de estar blindada...

Apanhados pelo autarca

Hoje, no Continente, o mais simpático dos autarcas oureenses teve um daqueles azares a que tantas vezes, incautos, temos sido sujeitos. Mas ele deu por ela…
O homem queria uma mala com rodinhas para férias. Marcada a 29,99 €, ao chegar à caixa, aparece-lhe a surpresa de 49,99.
Pára tudo!
O autarca reclama e a bicha começa a crescer. É chamada mais uma pessoa que não se revela à altura de reolver o problema. “Mas que hei-de fazer?”, parece dizer o sorriso sem vontade dela.
Admitindo tratar-se de um engano e não de vontade de enganar o cliente, é estranho como esta loja não resolveu imediatamente as coisas em benefício deste como é seu apanágio noutros locais e preferiu prejudicar os que estavam em bicha não o desviando para uma solução isolada do problema. Aliás, as situações estranhas são aqui constantes desde o castigo dos clientes com formação de bichas enormes e resposta de “vá falar com o gerente” quando se reclama e a má disposição de alguns empregados… enfim, coisas um pouco diferentes daquilo que em geral é defendido nos manuais de procedimentos da empresa.

terça-feira, julho 23, 2013

Deolinda de casaca virada

Quem diria há uns anos atrás que Deolinda abandonaria o partido do seu coração, o partido que fez nascer há trinta e tal anos e se mudaria de armas e bagagens para o arquirrival da alternância?
Nunca achámos tal possível dada a constante disponibilidade desta dama para servir o PSD. Sabe-se que Deolinda não é uma adversária fácil, mas largar o seu partido… coisa estranha nela que não perdia a menor ocasião para botar faladura a propósito e despropósito enaltecendo o dito. Que se passaria para Albuquerque respirar de alívio vendo-a pelas costas?
Invoquei os astros…
… consultei alfarrábios…
E, de repente, fez-se luz...
Ninguém gosta de ser descartado por um franganote, especialmente se tiver uma folha de serviços a toda a prova. Será esse o caso?  Lancemos a nossa hipótese.
Lembram-se os meus amigos de Golden City, cidade sem lei?. A resposta está lá e, como este livro já é um clássico, poderão conhecê-la em Passagens do Oeste Distante esta tarde pelas 19 horas.

segunda-feira, julho 22, 2013

OUREM Sempre! PSD CDS, Nunca! Jamais! Em tempo Algum!

A palavra de ordem da coligação de direita que disputa as eleições em Ourém é sintomática das suas intenções de ação: parece dizer tudo e não tem qualquer significado. Efetivamente que quer dizer Ourem Sempre? Que traz isso como programa de ação? Nada!
A liderança da coligação cabe ao empresário Luis Albuquerque. É de acreditar que esteja bem preparado para o lugar já que: 1) é filho de um dos autarcas mais prestigiados da nossa terra onde exerceu as funções de Presidente por um longo período; 2) durante alguns anos, foi treinador de guarda-redes de uma equipa de futebol em Fátima; 3) apareceu ligado ao executivo camarário e era vulgar vê-lo com Vitor Frazão que parecia ensinar-lhe o negócio; 4) finalmente, a comunicação social classifica-o como empresário na área de prestação de serviços de contabilidade...
Sem dúvida um currículo que faria inveja a Relvas…
Para animar as hostes, OUREM Sempre também tem um hino… que me dei ao trabalho de ouvir: os versos são uma chachada e a música parece uma misturada tipo entrada com o “Give a litle bit” dos Supertramp (a banda mais autocrítica de sempre) e miolo com o “we are de world” (a denunciar que não se satisfazem com o espaço do concelho). Felizmente a Optimus apoderou-se do “All you need is love” senão ainda víamos o letrista da coligação transformá-lo em “All you need is Ourém”.
Albuquerque fala em seriedade na política. Fica-lhe bem, pena se isso são apenas palavras de circunstância. Para já, não lhe encontramos qualquer ideia digna de registo a não ser sua referência ao “Resgate” de Ourém que é de um mau gosto incrível num momento em que o país está a sofrer as consequências de uma coisa do mesmo género curiosamente posta em prática por uma coligação que une também PSD e CDS. Pelo que se vê ainda não se fartaram de fazer disparates e maldades ao bom e paciente povo que Gaspar tanto apreciou…
Se a tudo isto, juntarmos o ar sorumbático de Luis Albuquerque a agitar a bandeirinha, concluímos que há pouca confiança na coligação de direita, ferida com a candidatura independente de Frazão e com o apoio de Deolinda ao PS.
Questões para esta coligação não temos. Não nos interessa. Tudo o que traz é mau. Fiquem lá com as aldrabices programáticas, perguntem ao Passos se são suficientes, e não nos cansem a ter de procurá-las.

sexta-feira, julho 19, 2013

UFA! Não há acordo

O PS não viabiliza o corte dos 4,7 mil milhões de euros. Se o PSD e o CDS o querem levar por diante que o levem sozinhos e assumam daí as consequências. Não têm que impor aos outros um programa que não é o seu uma vez que até têm maioria absoluta. A sua agenda escondida fica agora bem à vista de todos.
Adepto da unidade de esquerda, não posso deixar de saudar esta posição transmitida por António José Seguro. E mais não digo...

Nunca peças a um autarca a sua morada...

… porque pode não estar correta: este um ensinamento de uma peripécia passada em questiúncula judicial em que o atual detentor do poder na autarquia esteve envolvido.
Manhoso, boa figura, bem falante e fama de alguns empreendimentos mal sucedidos, Paulo Fonseca é sem dúvida um forte candidato a ganhar as eleições para a Câmara de Ourém apesar de ter tido um exercício um tanto incipiente sem dúvida influenciado pelos fortes constrangimentos herdados de Catarino e companhia.
Aparentemente, tem forte aliado no candidato do PS à presidência da Assembleia Municipal, e digo aparentemente pois pode voltar-se contra si a imagem de “traição” que aquele transporta. Por outro lado, a ideia de colaboração entre executivo e Assembleia se é importante não o é mais do que as ideias de discussão e fiscalização que a esta estão ligadas.
Consta que Fonseca tem excelente relacionamento com Seguro e assim a hipótese de ser ministeriável a curto prazo não é descartável já que parece ter perfil para a Administração Interna. Portanto, há alguma probabilidade de o lugar de vereador ou presidente vir a ser trocado por funções mais importantes.
Mas os dados estão lançados e eis três interrogações, obviamente sem esperar resposta, a esta candidatura: garantirá o mandato que obtiver até ao final? Continuará a permitir que as pedras caiam sobre os automobilistas nas arribas que envolvem a estrada de Alvega que liga a nossa terra a Fátima, situação que denuncia um desleixo indesculpável? Irá manter a insensibilidade cultural que permitirá a destruição da estórica casa do Largo de Castelo tão denunciada neste blog?

Cavacadas no Paraíso

Num momento em que metade do país exige eleições antecipadas para resolver a crise política e outra metade pretende um governo estável com a solução atual, o Presidente deslocou-se às Selvagens onde protagonizou alguns momentos dignos de registo, deixando os três do "arco da governação" a fingir que negoceiam...
 
Pobre e insegura calca-mar...
 
...sem conhecer o destino, numa foto que desperta imensa ternura.
Igualmente merecedora de registo é a declaração publicada no DN de hoje onde se afirma que "Cavaco elogia a luta contra ratos e coelhos que destruíram a riqueza".
De coelhos já sabíamos, mas quanto a ratos... não era gato o bichano a quem Honório Novo deu o nome de Gaspar? Esta fauna, sim, foi bem mais destrutiva.
Mas o Presidente não desiste da sua luta e assim pode proclamar nas Selvagens um objetivo que seria excelente para todo o país...
Com a devida vénia ao Inimigo Público.

quinta-feira, julho 18, 2013

Que faz correr este homem?



Alto, garboso, bigode farfalhudo, detentor de palavra fácil e fama de garanhão, Vitor Frazão é, sem dúvida, o candidato mais castiço à Presidência da Câmara de Ourém. Com extrema facilidade em se misturar com a população, Frazão tem ainda o mérito de poder dividir a coligação de cágados formada por PPD e CDS que se veem agora em risco de não reconquistar a Câmara. O seu discurso tende a enaltecer a honestidade e a honra, coisa rara hoje com pessoas tão preocupadas com a riqueza material,  parecendo fazer dele um candidato à antiga, um verdadeiro homem bom.
Mas está provado que eleições não são ganhas com bons princípios e boas intenções. Sem uma força política a apoiá-lo, Frazão não tem grande hipótese de atingir os seus objetivos e interrogamo-nos se conseguirá subsistir como vereador e permanecer nessa condição na defesa das suas convicções.
Assim, é óbvia a nossa interrogação: Que faz correr Vitor Frazão? Que apoios lhe estão garantidos para se apresentar a esta corrida e honrar o que possivelmente se lhe seguirá?

Ciclo Pólvora

Terminados os primeiros ciclos Búfalo e Arizona, iniciamos hoje nas Passagens dum Oeste Distante o primeiro Ciclo Pólvora. Uma das caraterísticas deste ciclo é o ser praticamente isento de palavras, portanto, puramente visual já que o texto se resume a título, tags e numeração na coleção.
Os amigos do OUREM têm assim um excelente meio de se libertarem por alguns momentos da alienação suscitada pelos encontros para a salvação nacional promovidos por Cavaco... que Nosso Senhor o mantenha lá pelas Selvagens e lhe proporcione hoje um bom sono. Tudo é político mesmo viver uns minutos livre dos políticos.

quarta-feira, julho 17, 2013

O emérito blog faz anos

Podem não acreditar, mas é verdade o que pode ser cientificamente comprovado consultando os posts do passado: muito mais antigo que qualquer outro blog da nossa santa terra, o OUREM, arrastando-se penosamente, caindo, levantando-se, desaparecendo, reaparecendo, chega aos dez anos.
Por aqui passaram inesquecíveis personagens como Arino the Cat, Ó Bosta, Alforedo de Tanta Fita, Falinhas Mansas, Serge Small River, Linda Simon que animaram os duelos na nossa terra. As páginas do OUREM foram abertas a Distintos como o Avião, o Julito, o Deputado Europeu, o Zé Quim que disseram de sua justiça. Aqui editámos vários livros no projeto Ourem em estórias e memórias que hoje em dia têm notável valorização nas mãos dos seus detentores. Aqui fabricámos um CD com a música que os oureenses ouviam na década de sessenta. Bolas, é muita coisa para tão pouca atenção!
Agora, também há fortes pelejas na nossa terra e alianças que Satanás nunca julgaria possíveis. Mas a disposição é outra. O OUREM põe-se de lado, a observar, por vezes, celebrará missa, mas a atenção principal deve ser dada a outros com mais jeito, empenho e, provavelmente razão.
Por hoje, vamos celebrar com uma canção decerto desconhecida dos meus amigos e que tem um título muito sugestivo "Here We Are", cantada pelos velhinhos Emmylou e Rodney...
 

terça-feira, julho 16, 2013

Carrascos reunidos para nos salvar

Olhem que perigo, meus amigos!
Sob a vigilância da escavacada figura, algumas criaturas, umas mais respeitáveis outras menos, encontram-se para decidirem como despedir mais pessoas, como encurtar reformas e pensões e sei lá que mais malfeitorias. "Não há dinheiro", dizem cheios de bom senso depois de não fazerem outra coisa que conduzir-nos à ruína.
Será estranha esta tendência para se unirem em momentos difíceis? Quererá isso dizer alguma coisa sobre a sua natureza? Ou será para tornar os malefícios menores e porventura mais aceitáveis? E por que é que do outro lado não há igual capacidade?

quinta-feira, julho 11, 2013

Passagens dum Oeste Distante

Esgotados que estão o OUREM e o Memorial do Búfalo, dispondo de novo material proveniente de amigos e alfarrabistas, iniciei um novo projeto suportado em ferramenta Blog com o objetivo de recordar algumas capas e passagens de livros bem velhinhos. O esquema é simplesmente esse e tentarei mantê-lo assim, resistindo àquelas tentações de adulteração suscitadas pelos factos do dia a dia. A notícia aqui fica com o convite a uma visita ao ainda curto e muito recente "Passagens dum Oeste Distante".

A vingança serve-se fria

Por esta não esperavam portas, láparos e seguros.
O Presidente refletiu e resolveu juntar umas achas à fogueira.
Não tardará muito, veremos PS, PSD e CDS unidos a gritar:

               A Crise Continua
               Cavaco para a Rua!

domingo, janeiro 29, 2012

Cromos para o centenário

No ano do centenário dos nossos bombeiros, uma simpática aliança com a Delta de Nabeiro levou à produção de pacotes de açucar com imagens emblemáticas. Não sei quanto tempo vão durar os originais com o produto lá dentro mas é de guardar.
Sem publicidade, para as obter basta beber o café no INtermarché...

sexta-feira, janeiro 27, 2012

A crise chegou à cabidela de Ourém

Cheguei a Aveiras, recordei a saborosa cabidela de Gondemaria e lembrei-me de telefonar.
- Sim, senhor! Cabidela para dois... fica guardada.
Nem sonhava com a desilusão que me esperava. O arroz estava deslavado, a galinha parecia que só tinha pescoços e nem ao de leve havia um cheirinho a vinagre.
Que pena! E eu que sonhava com aquilo há dias. Tantas vezes que saia dali a abarrotar, bem comido e com um tintol apreciável.
Fizemos a reclamação que foi bem aceite...
- Para a próxima será melhor...
Mas a razão percebi-a quando cheguei ao parque automóvel. Antes estava rodeado de galos e galinhas de campo, bem alimentados, que aguardavam o dia do festim. Agora não se vislumbrava a existência de algum. Mesmo o simpático carneirito que nos saudava quando ali passávamos já teria sido consumido em alguma comemoração de final de ano.
Este é um aspecto da crise possivelmente. Já não alimentam mais os galináceos preferindo comprá-los magros e sem vida no supermercado e deixar o cliente desconsolado.
Que diabo! Que nos resta, qualquer dia, para voltar a Ourém?

sábado, janeiro 21, 2012

Pobre Presidente!

Coitado do homem!
A soma das reformas não lhe chega para as despesas...
Nunca se habituou a poupar, é certo, como agora recomenda aos desgraçados que nem um naco de pão têm para comer...
Mas vai ter de transportar esse peso...
Aqui fica uma musiquinha para lhe dar ânimo...


and, in the end,
the love you take
is equal to the love
you gave...

segunda-feira, janeiro 16, 2012

Cartas ao Ourém (1)

Oh! Genial, Alvaro!

O nosso Álvaro, tão viajado, tão internacionalizado, nunca aprendeu que o ridículo mata! Pastéis de nata! É genial!
A solução para Portugal: vender pastéis de nata pelo mundo fora! Eu, que não sou ministro, também tenho uma solução, muito melhor, para lidar com o défice orçamental: exportar políticos! Se virmos bem, desde o pateta Guterres, pelo menos, quase todos os iluminados lusitanos que nos governaram deram o salto. O nosso erro é não termos cobrado!
Querem um primeiro-ministro de insuperável incompetência, como só podem sonhar nos vossos países? Então paguem! Temos mercadoria de primeira qualidade, e abundante. Quanto valerá um Cavacov? E um Marocas, mesmo velhinho? Um Adalberto João? Toda a corte de barões e de ex-presidentes do PSD?
De qualquer forma, para iniciar este novo mercado, nada melhor do que fazer um teste, antes de vender as altas patentes: vamos exportar o Álvaro! Qualidade garantida para o comprador, mercadoria fina, riso garantido. Só não aceitamos devoluções. Se não gostarem do produto, atirem-no de pára-quedas sobre a Líbia, com um cestinho de pastéis de nata na mão.

Prefira o produto nacional,

Malvadovsky

Nota: esta não é bem a linha ideológica do OUREM, mas tem piada pelo que aproveitámos para um post...

quinta-feira, janeiro 05, 2012

Posts actualizados

Ultimamente, procedemos à actualização de alguns posts bastante antigos devido a links quebrados. Se os quiserem rever, foram:
- A tacada
- Rever o Avenida a partir da Marina
- Lady Jane
- Por causa do Ukelele

quarta-feira, janeiro 04, 2012

O capital não tem Pátria

É bem verdade: o capital não tem Pátria. Para se reproduzir e expandir derruba todas as barreiras, mesmo as que separam países. O seu detentor até pode ter segunda habitação em Ourém. Até pode abastecer-se no Lourenço e Filhos. Pode inclusivamente vociferar contra a atitude do anterior Presidente da Câmara. Em momento decisivo, opta pela otimização fiscal e mostra que as palavras sobre patriotismo são mera conversa para atrair mais clientes...

segunda-feira, dezembro 05, 2011

Um Saco Azul para o Coelhinho

Por artes mágicas, o desvio colossal transformou-se num excedente, objectivo de que já há muito desconfiávamos.
O mais engraçado é que o Coelhinho fala no mesmo como se as receitas do fundo de pensões fossem qualquer coisa à parte da matéria que faz parte de um orçamento... como se não fossem receitas...
É uma opção legítima embora discutível procurar fundos mesmo à custa de sacrificar certas camadas de contribuintes para pagar as dívidas. Mas justificá-los falsamente com um desvio colossal e manter até ao fim a posição de que não há almofadas demonstra uma fraqueza confrangedora.
Pouco a pouco, a seriedade de Coelhinho parece esboroar-se.

sexta-feira, dezembro 02, 2011

Um som para a ponte

Caros amigos, borrifemo-nos para o Coelhinho e celebremos a última ponte do Primeiro de Dezembro com o magnífico som de Marsalis e Clapton em "Just a Closer Walk with Thee"...

Para o ano, será bem pior...

quinta-feira, dezembro 01, 2011

A última ponte do Primeiro de Dezembro

Ai que bom, que bom, que é
um feriado à quinta-feira
pra remar contrà maré

Anda o triste Alvarinho, bem gordinho e anafado, numa cruzada implacável para aumentar a exploração. Quer acabar com feriados, quer fazer subir o trabalho não pago. Na legítima ilusão de fazer crescer o PIB...
Mas há malvados como eu... que gostam de ter o dia cheio de trabalho no dia 1 de Dezembro... para sentirem o prazer do balda... que se repetirá na próxima semana. Há lá coisa melhor que um dia feriado depois de mais de meia semana de trabalho?
O Alvarinho nem o dia da Restauração respeitou. E bem pode respingar sua alteza real, o conde da nossa terra: o primeiro de Dezembro deveria servir para unir os portugueses, é verdade. Mas que união pode haver, de que serve festejar a independência relativamente aos Filipes, se mais de metade aceita perder a independência perante a escabrosa dupla Merkell * Sarkozy?
Por isso, borrifemo-nos para a produção:

Ai que bom, que bom, que é
um feriado à quinta-feira
pra remar contrà maré

segunda-feira, novembro 14, 2011

V.Exa por acaso falou em tumultos?

Gabinete do Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais

Despacho n.º 15296/2011

Nos termos e ao abrigo do artigo 11.º do Decreto-Lei n.º 262/88, de 23 de Julho, nomeio o mestre João Pedro Martins Santos, do Centro de Estudos Fiscais, para exercer funções de assessoria no meu Gabinete, em regime de comissão de serviço, através do acordo de cedência de interesse público, auferindo como remuneração mensal, pelo serviço de origem, a que lhe é devida em razão da categoria que detém, acrescida de dois mil euros por mês, diferença essa a suportar pelo orçamento do meu Gabinete, com direito à percepção dos subsídios de férias e de Natal.

O presente despacho produz efeitos a partir de 1 de Setembro de 2011.

9 de Setembro de 2011



O Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais,
Paulo de Faria Lince Núncio.

sexta-feira, novembro 11, 2011

Ourém e o poder de compra

Em 2009, Ourém apresentava um valor de 71,91% relativamente à média nacional no indicador do Poder de Compra concelhio per capita. Este valor, já de si baixo, é substancialmente inferior a alguns concelhos das redondezas, designadamente, Entroncamento, que ultrapassa a média nacional, Torres Novas e Abrantes.
Agora, já não se pode dizer que “as pessoas vão fazer as compras a Leiria” como, em 2005, argumentava o presidente David de má memória para a nossa terra. Aliás, tal valor não é uma acusação ao poder autárquico, mas mais uma constatação de uma situação.
E agora? Com a aprovação de cortes nos subsidios de reformados e da função pública anunciados por Coelhinho e Gasparinho para os próximos anos, subsídios que com certeza não voltarão, qual o impacto para o concelho e as suas gentes? Será curioso ver o estudo do INE apontado para 2013 ou 2014.
E se o pessoal for obrigado a sair do euro? Parece que Sarkozy e Merkel conspiram para isso, apesar de o Coelhinho garantir que a caminhada é só uma e bem definida. Mas, para o pior e o melhor, preparar a coisa talvez não seja má ideia…

sábado, novembro 05, 2011

O Poço, edição 26

Este sábado, às dez, junto à estórica casa do Manel do Raul, inicia-se mais um encontro do Poço.
Não posso lá estar. Mas, apesar da tragédia grega e nossa, posso deixar aqui uma contribuição para a animação que se seguirá à almoçarada com um abraço para todos os velhos amigalhaços.
Ora experimentem fazer o que estes amigos fizeram... e oiçam este "I saw her standing there" quase igual ao das noites da Ourém do nosso tempo...

sábado, outubro 22, 2011

Um subsídio para o pobre Ministro

E que me dizem destes senhores ministros que, com casa própria em Lisboa, recebem um subsídio de alojamento na ordem dos 1400 euros?
O senhor Macedo, o senhor Branco e outros infelizes tão longe da família pela causa pública...
Num momento em que milhares de portugueses veem as suas casas penhoradas e leiloadas devido a uma política desastrosa de facilitação do crédito, estas excelentes criaturas são credoras do reconhecimento por parte de contribuinte que vê os seus impostos aplicados de uma forma tão desastrada.
Já não me admira que o Coelhinho esteja preocupado com tumultos. Não é que os defenda (e espero bem que a mobilização popular consiga exprimir a sua raiva e as suas reivindicações sem dar argumentos), mas que eles andam a pedi-los, andam...

E Cavaco?

É óbvio que o Presidente tem razão. Eleger um grupo social/profissional como foco principal da luta contra o deficit orçamental é criar a inequidade...
Têm emprego para toda a vida? Alguns talvez, outros não... e que o digam os trabalhadores dos transportes cujo despedimento oportunamente vai viabilizar o retorno dos subsidios ou parte em 2013.
Têm um sistema de assistência suplementar ao SNS? Têm, mas não vale nada e têm de pagá-lo com um desconto de 1,5% no vencimento...
Ganham 10% a 15% mais do que os trabalhadores do privado? Só na mente perversa de Coelhinho e Gasparzinho...
Tudo isto chama a atenção para a incapacidade do homem da Economia. Não conseguiu, neste contexto, idealizar qualquer medida para fazer descer a TSU e reforçar a competitividade da dita. E era tão fácil, gerando alguma equidade: bastaria pôr os trabalhadores do privado a descontar o que abatessem ao patronato. Será que estes ministros são mesmo liberais? A TSU não é para o financiamento da Segurança Social de que vão beneficiar esses trabalhadores?

quinta-feira, outubro 20, 2011

Desnorte?






Em Setembro, o saldo orçamental do Estado melhorou 30% em relação ao que se passava em igual mês de 2010.
Mais... o saldo orçamental em Setembro de 2011 melhorou em relação a Agosto e a Julho deste mesmo ano, indiciando que as receitas superaram as despesas.
Mas Coelhinho e Gasparzinho insistem em deteriorar a vida dos portugueses e em lançá-los numa perigosa recessão. Já nem acredito que o capital consiga apoiar tanta incompetência: é que os notáveis ministros só servem para destruir riqueza.

sábado, setembro 10, 2011

Aspecto um pouco diferente

Cumpridos que estão oito extenuantes anos, o Ourem resolveu mudar de aspecto. Isto não tem qualquer significado a não ser o que se relaciona com o facto de o acesso à página estar a ser demasiado lento. Uma mudança para o novo designer do Blogger melhorou as coisas.
Além disso, mudámos umas etiquetas, juntámos outras e vamos tentar actualizar algumas coisas para tornar ao acesso ao passado mais fácil.
Quanto à deprimente ausência de tema, continua na mesma...

quinta-feira, agosto 11, 2011

Provedor na Santa Casa

Ávidos de mudança, Coelhinho e Gasparinho introduziram mais uma raposa no galinheiro. Decerto não é para utilizarem os fundos das Misericórdias para financiar a descida da TSU já que a propensão para o gasto supérfluo e bacoco vai, com certeza, aumentar.
Mas, pouco a pouco, vão criando verdadeira desilusão. Para quê a mudança nos escalões do IVA? Aumentar os descontos dos trabalhadores no mesmo montante da descida da TSU era, sem dúvida, solução bem mais simples e digna do seu programa.

segunda-feira, julho 25, 2011

Manhãs tristes de Ourém

Hoje, perto da pastelaria Orquídea, deparei com um gato morto. Era um belo exemplar, branco e preto, ainda jovem, uma realização perfeita do célebre "Sylvester, the Cat". Possivelmente, mãe dos gatitos pequeninos que ali brincavam na sexta-feira.
Uma senhora informou que o animal tinha sido envenenado e que o tinha visto sofrer pouco antes... que os gatinhos também tinham desaparecido...
É lamentável que, numa terra civilizada e desenvolvida como Ourém, existam velhacos(as) que ainda sentem prazer em fazer isto a animais indefesos. Aliás, quem faz isto a animais, também o faz a pessoas. É capaz de planear e executar friamente actos tenebrosos. Sofre de verdadeiro "sindroma de Oslo".
Mas que se cuide o(a) malvado(a). A partir de agora terá a garagem e a casa sistematicamente invadida de nojentas ratazanas e um dia acordará com alguma a lamber-lhe a tromba... se acordar...

quinta-feira, julho 21, 2011

Uma síntese cinzenta

O défice do Estado diminuiu 20,7% entre início de Janeiro e fim de Junho relativamente a igual período do ano passado, de acordo com os dados divulgados pela DGO na síntese da execução orçamental.
O resultado não é mau, mas, projectado para o final do ano, parece insuficiente para garantir um défice de 5,9%, o negociado com a troika, o que é agravado pela tendência recessiva.
Assim o julgaram Coelhinho e Gasparzinho...
A bolsa dos portugueses vai pois estar mais uma vez debaixo de fogo, como o demonstra o brutal corte no subsídio de Natal. Mas isso não chega: os transportes vão subir 15%. Valha-nos a consolação de assim não prejudicarmos a poupança... de capitalistas e especuladores, já que aos outros nada restará para aforrar.

domingo, julho 17, 2011

Ena! O desvio já vai em 2000 milhões

Decididamente, Gasparzinho e Coelhinho não se entendem.
Há dias, o primeiro anunciou um desvio de 1000 milhões motivado fundamentalmente por a despesa não ter descido tanto quanto era esperado. Hoje, o segundo (indigitado em Primeiro) garantiu a existência de um desvio de 2000 milhões.
Sinceramente, não consigo descobrir qualquer informação oficial a sustentar aquelas afirmações. Convém fazê-las para tornar os sacrifícios mais aceitáveis aos portugueses... mas o que eles querem, o que o PM quer é financiar a descida da TSU, antes a cargo do patronato, com os impostos de trabalhadores e reformados.
Como desconfio disto tudo, interrogo-me se no próximo dia 20 vamos ter acesso à informação sobre execução orçamental. Possivelmente, será banida para não os contradizer...

quinta-feira, julho 14, 2011

O ataque do Gasparzinho

Ainda há dias tomou posse e, agora aparentando grande segurança, já se decidiu por sacar 3,5% do rendimento bruto aos que vivem do trabalho sob a forma de uma sobretaxa extraordinária.
Claro que não se ficará por aqui. O déficit não pára de subir, o PIB vai cair, qualquer acidente que surja (por exemplo, uma quebra na procura externa) e a consolidação não se dará...
... mas todos os males fossem esses...
... o programa de privatizações envolvendo áreas estratégicas é arrasador e é aberto ao capital internacional (bom... embora o dito não tenha pátria)...
... enquanto, lá para os lados do tio Obama, a coisa parece muito feia. E se houver uma catastrofe financeira, mas o capitalismo não cair, a fatura vai ser muito mais pesada e, pelos exemplos anteriores, todos estão a ver quem a vai pagar, não é?

quarta-feira, julho 06, 2011

A surpresa

O homem já diz que levou um murro no estômago.
Por muito que, como patriotas, nos custe, faz-lhe bem: não eram ele e o seu mentor de Belém tão autoconfiantes nas suas capacidades que iludiram a existência da crise internacional e apoiaram discursos de tomada de posse do tipo "derruba governos"?
Está claro que o nosso país não ultrapassará a crise mantendo-se no actual contexto. O benefício da dúvida extinguiu-se, mas o prejuízo da dívida mantem-se. Também já desconfio que uma reestruturação não será suficiente: é a diferença estrutural entre economias participantes no euro que dita alguns dos males que sofremos; mesmo que eliminemos a dívida, a breve trecho, permanecendo tudo como está, voltaremos ao mesmo. Na ausência de uma verdadeira solidariedade e integração a nível europeu, o caminho é preparar conscientemente a saída do euro...

sexta-feira, julho 01, 2011

E como será a vigarice daqui a 3 meses?

Se consultarmos os dados do INE, veremos que as necessidades de financiamento da economia em milhões de euros foram, por trimestre, respectivamente, desde o segundo trimestre de 2010: -4.731, -2.327, -3.277, -2.985.
No próximo trimestre, esgota-se o efeito do valor negativo, -4.731 e, se admitirmos que o defice do segundo trimestre de 2011 será semelhante ao do primeiro, como foi no ano anterior, a cadeia de valores para o apuramento será: -2.327, -3.277, -2.985, -2.985 o que se traduzirá num déficit de 6,7% para o ano assim considerado.
E depois? Manter-se-á a tendência para as necessidades de financiamento serem bem inferiores no terceiro trimestre que nos restantes? Se assim for, o objectivo dos 5,9% estará praticamente garantido no terceiro trimestre...
E já não falo na ajuda do roubo dos 800 milhões do subsidio de Natal cujo efeito se sentirá no último trimestre.
Claro, com a política dos outros, mas por obra e graça do novo PM: eis Step the Rabbit no seu melhor...

quinta-feira, junho 30, 2011

Derrapagem para a austeridade

O governo prepara-se para anunciar mais medidas de austeridade.
Entre os seus fundamentos está algo que me parece uma mentira e que os jornais não param de propagandear: ontem, o INE anunciou um déficit de 7,7% para o ano que decorreu entre o final de Março de 2010 e Março de 2011; O DN começou por falar em 8,7% no primeiro trimestre e depois corrigiu para os 7,7%; a SIC manteve o número errado e bem assim o período; tudo alinhou pelo mesmo ponto de vista, o da derrapagem e a sua distância para o objectivo de 5,9%.
Estarão todos loucos? Serão todos mentirosos? Ou estarei eu a ver mal?
Um déficit de 7,7% no ano assim definido significa uma acentuada descida em relação ao déficit apurado no final do ano de 8,6% e está inteiramente de acordo com as perspectivas anunciadas pelo anterior governo baseadas nos seus dados sobre execução orçamental. Para esse déficit foram considerados três trimestres de 2010 e um de 2011. Uma média ponderada considerando o valor de 2010 três vezes e o valor final apurado mostra que o déficit do primeiro trimestre deve andar perto dos 5% (=7,7%*4 - 8,6*3, em termos simplistas). No entanto, fala-se em 7,7%. Mente-se.
Mais logo, Passos Coelho, baseado nesta mentira vai anunciar mais medidas de austeridade entre as quais uma taxa especial e única sobre o IRS. Começa mal, muito mal... e estranhamente ninguém do PS, BE ou PC denuncia esta miserável orquestração.

domingo, junho 05, 2011

Fatinho de eleições

De calção e polo...
Já lá fui. Bolas! Não é que ontem, respeitável criatura, com cara de pau, veio dizer-me que, se não votasse, não poderia criticar o governo? Felizmente, o dito não pode mudar a Constituição...
Apesar de tudo, ainda encontro saída no actual sistema, por isso, sou dos mais cuidadosos em exercer o direito de voto.
Agora, é esperar. Confesso que as perspectivas não são animadoras, mas garanti, na perspectiva do tal senhor, o direito à crítica...

terça-feira, maio 10, 2011

UE: uma sigla para Usurários Excessivos

Mas que grande ajuda: juros a 5,5%!
Haverá algum país em recessão e com uma dívida pública quase igual à totalidade do PIB que consiga suportar isto?
Por isso, querem à viva força cortar em tudo: para garantir esta remuneração faraónica do capital especulativo que apelidaram de ajuda.
Mas será que o pessoal do PS não vê? Não haverá um pouco de consciência naquela gente, naqueles dirigentes?
Com juros destes, vale mais arriscar o descrédito que a reestruturação implica e tentar outros caminhos...
Com europeus destes, tenho de ser eurocético: o sonho era bonito, mas os parceiros não são de confiança.

segunda-feira, maio 09, 2011

Mais troikista que a troika

A verdade é que Step the Rabbit não está contente com as medidas da troika. Elas não lhe chegam. É preciso acabar com os governos civis, é preciso diminuir o número de membros do conselho de administração das empresas públicas, há que diminuir o número de deputados...
Confesso a minha simpatia por algumas das medidas. Dir-se-ia que elas materializam alguns dos impulsos que se sente nos não políticos.
Mas não serão estas medidas um engodo para esconder outras mais sérias e perigosas? Que pensarão os trabalhadores da RTP quando parece que mão destruidora vai cair sobre a mesma? E que julgar da privatização da CGD se calhar já com potenciais compradores a postos para o ataque ao bife do lombo?
E haverá alguma ligação lógica naquilo tudo? Baixar a taxa social única descapitaliza a Segurança Social e, se compensada com impostos, atira encargos do patronato para a generalidade doc contribuintes, indo financiar o Estado e não a SS.
As eleições de Junho vão ser muito importantes. E seria bom que contribuissem não para se determinar quem vai pôr em prática o acordo com a troika, mas como será possível uma unidade para descobrir uma alternativa credível que faça pagar a crise aos que criaram as ilusões que conduziram à mesma...

quarta-feira, maio 04, 2011

E será que eles conseguiram enganar a "troika"?

E quando já se previa o pior dos cenários para os reformados pobres e para a generalidade dos trabalhadores, eis que o primeiro ministro surge na TV e informa:
- Não haverá cortes no 13º mês nem no subsídio de Natal.
- Não haverá cortes em pensões inferiores a 1500 euros.
Os receios relativos à modificação da idade de reforma também se dissiparam, confirmando-se a actualização de algumas taxas do IVA.
Isto é, voltou-se a uma versão da desgraça perto do PEC4.
Curiosamente, o PSD apareceu desde logo a saudar o acordo e a dizer que o mesmo era melhor que aquele programa. O CDS também reinvindica alguma bondade do acordo gerado.
Em resumo, os dois partidos da alternação estão contentes acontecendo o mesmo à muleta de direita.
Mas a verdade é que, depois de terem contribuído para levar o país quase à bancarrota, acabaram por aceitar quase todas as medidas que levianamente tinham rejeitado anteriormente. Há assim uma monumental vitória de Sócrates que vê as suas medidas implementadas com o apoio de três organizações internacionais, consegue um apoio financeiro que lhe permite respirar relativamente aos mercados durante algum tempo, consegue suavizar o esforço de consolidação e está posicionado para eleições com uma aderência fortíssima no interior do partido. Curiosamente, os esqueletos que sairam do armário pouco significado tiveram e devem ser considerados apenas como alterações metodológicas.
Step the Rabbit é assim a imagem da infantilidade derrotada pela experiência, é o miúdo que quer chegar ao poder a todo o preço e dá o tiro no pé, sendo de prever que muitas figuras laranja vão dentro em breve mostrar a sua raiva relativamente à nova situação e tendo de pôr-se a hipótese de não conseguirem uma dinâmica para ganhar as eleições. E que resultará destas? Um governo fraco com certeza... o que significa que a crise não vai ter solução com estes actores...

segunda-feira, abril 25, 2011

Um adeus à Pipoca



Agosto(?) de 2000 - 25 de Abril de 2011

Na comemoração de um dos dias mais felizes da minha vida, ela partiu.
Foi uma grande amiga e companheira durante estes onze anos. Os últimos meses foram difíceis, pois sempre que surgia uma crise era pior que a anterior.
Agora, fica a doce recordação da Pipoca que em tantas páginas contribuiu para o OUREM. Mas tudo parece vazio...

sexta-feira, abril 22, 2011

Bronquite aguda

A bronquite aguda continua a atacar nas hostes laranja. Desta vez, foi o homem da relva:
"Enquanto produzirmos como marroquinos não podemos gastar como alemães."
Parece que o autor de tão inteligente comentário esqueceu que Marrocos cresce a uma taxa de 5% ou 6% ao ano e geograficamente não está tão longe de nós que se possa aceitar um tão significativo desprezo pelo relacionamento.
A salvação do PSD está em que a troika mande calar esta gente...

quinta-feira, abril 21, 2011

A questão da tolerância de ponto

Eu à espera que os arautos da burguesia trouxessem planos para um capitalismo resplandencente que ajudasse a tirar o país da fossa para onde o atiraram, que ajudasse a desenvolver as forças produtivas e o que vejo e oiço é uma histeria colectiva contra a tradicional tolerância de ponto na quinta-feira anterior ao domingo de Páscoa.
Começou com essa figura ridícula que é o presidente dos patrões, o sr Saraiva da CIP. Óbviamente, o dr. Passos tinha de acompanhar e a própria troika parece que está escandalizada...
Devo dizer que sou abertamente pela tolerância de ponto. Mais, todos os portugueses quer trabalhem na pública ou na privada, deviam desfrutar da mesma. Ela é uma forma de compensação da força que gastámos num período longo de trabalho, ela permite uma fuga do meio urbano, ela permite uma vinda até Ourém e, na segunda, vamos com muito mais força para a manif do 25...
Mas esta insistência das pessoas referidas e outras relativamente a este assunto demonstra mais uma vez uma coisa: é que não têm uma única ideia séria* para desenvolver o país...

* minto, o sr. Saraiva tem uma ideia: quer que a troika faça mudar a Constituição para que o patronato possa negociar a baixa de salários com a força de trabalho.

terça-feira, abril 19, 2011

"Plafonar" as reformas

Sob aquela capa de santinho, Step the Rabbit continua ao ataque. Agora acha muito bem que se plafonem as reformas, isto é, que o Estado não pague reformas superiores a 2500 euros...
Mas está a ser malandro... o que acha é que se não deve descontar para ter reformas superiores a esse montante, isto é, trata-se desde já de descapitalizar a SS com a diminuição de receitas e depois...
quem quiser reformas superiores àquele montante tratará de investir o dinheiro em outro produto, ganhando as seguradoras...
um verdadeiro Rabbit escondido com cauda (longa) de fora...
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